Levar um raspanete no primeiro dia de aulas - normalmente reservado para a ‘apresentação e diálogo com os alunos’ - foi a proeza que Pedro Delille, advogado de José Sócrates, alcançou logo na primeira sessão de julgamento da ‘Operação Marquês’. É um feito só ao alcance de um punhado de homens: os que vivem numa condição de negação da realidade. E esta é clara para todos: três crimes de corrupção, 34 milhões de euros em luvas. Sobre isto, nem uma palavra. O guião de Sócrates para o julgamento está criado: criar sucessivos incidentes dentro da sala de audiência para, no exterior, se queixar dos juízes, do Ministério Público, da onda de calor e, provavelmente, da humidade na Ericeira. Desta forma, evitar explicar temas como “qualquer coisa”, “fotocópias”, “daquilo que tu sabes que eu gosto”. E que faz falta a toda a gente, seja para pagar a conta do supermercado ou advogados em Bruxelas.
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Em votantes a coisa equilibra, em votos o caldo parece mesmo entornado
O reatar dos testes nucleares americanos foi a "pedrada no charco"!
Milhões da Europa ainda não chegaram para pôr Portugal a voar.
Tempos houve em que Gouveia e Melo limpava as presidenciais à primeira. Eram tempos em que o almirante usava a farda, não a fala.
Talvez a boa questão seja, afinal: como apresentar os melhores argumentos de forma apaixonada? Como infiltrar paixão na argumentação? Eis o grande objetivo de um bom político.
Factualmente, a verdade é que temos assistido a uma deterioração do respeito pelas instituições em particular pelas Polícias.