Fernando Medina
Presidente da Câmara Municipal de LisboaNas últimas semanas o País tem recebido muito boas notícias da economia. Foram os dados do crescimento, do desemprego ou a saída dos défices excessivos. Mas nas últimas semanas passaram mais despercebidos indicadores que são tão ou mais importantes para o nosso futuro. Refiro-me à subida sustentada da produção cientifica nos rankings internacionais. É uma mudança estrutural, que nos mostra muito do que progredimos em matérias como a educação, ciência e inovação, e acima de tudo pelo que nos revela sobre o reforço da nossa capacidade de competir no futuro.
A Universidade de Lisboa lidera a lista das instituições nacionais no ranking de Leiden, que mede a produção cientifica e a sua relevância, encontrando-se na posição 117º a nível mundial e 31º a nível europeu. Já a Universidade do Porto encontra-se em 143º e 40º, enquanto Coimbra está em 349º entre as melhores universidades mundiais e em 123º quando consideramos apenas as europeias.
O que isto nos diz é que um país cujas instituições do ensino superior nem apareciam nas classificações internacionais há uma dúzia de anos, tem neste momento duas Universidades (Lisboa e Porto) entre as 50 melhores da Europa e uma delas, a de Lisboa, a bater à porta do top 100 mundial. Para que se perceba ainda melhor a dimensão da transformação em curso, basta ver que, há quatro anos, a Universidade de Lisboa estava fora do top 500 mundial e a do Porto encontrava-se longe das 400 melhores.
O ranking mostra a Universidade de Lisboa a subir continuamente a nível europeu e mundial desde 2014, num salto de quase 400 lugares em 4 anos, nomeadamente nas áreas da biomédica e ciências da saúde e nas ciências sociais e humanidades. Na matemática, a Universidade de Lisboa está no 5º lugar europeu e 50 a nível mundial; na vida e ciências da terra, em 10º lugar na Europa e 56º a nível mundial; nas ciências físicas e engenharia, no 12º lugar na Europa e 82º no mundo; na área da vida e ciências da terra, matemática e ciências físicas e engenharia, a descer a nível mundial mas a subir a nível europeu.
O processo de fusão que deu origem à Universidade de Lisboa, que muito deve às lideranças de Sampaio da Nóvoa e Cruz Serra, foi à época um desafio de grande alcance. Hoje começam a ser bem visíveis alguns resultados deste caminho: uma universidade maior, mais forte, mais competitiva e mais relevante. E o melhor desta história é que só estamos no início.
Um longo caminho. Mais verde
Também por isso é tão relevante a distinção atribuída a Lisboa, revelando o extraordinário caminho feito nos últimos dez anos: Há menos de uma década o saneamento de 100 mil casas não era tratado e tinha o Tejo como destino. Hoje é tudo tratado. Lisboa recolhe seletivamente 23% de todo o lixo, percentagem superior à de Paris, e reduziu em 50% as emissões CO2 nos últimos 15 anos.
O aumento da área verde em 160 hectares, a recuperação da frente ribeirinha e a construção de passeios mais largos e confortáveis são outras das matérias valorizadas pela Comissão. Qualquer que seja o resultado, Lisboa finalista é já uma vitória.
A despedida de Il Capitano
ELEVADOR DA GLÓRIA
Feira do Livro: 87.ª Edição
O maior evento literário de Lisboa está de volta. Começa amanhã mais uma Feira do Livro. Além do tradicional livro do dia e das habituais sessões de autógrafos, estão prometidos vários lançamentos, debates, concertos e Teatro ao ar livre. A não perder, no Parque Eduardo VII.
Pilar premiada em Madrid
Pilar del Rio, presidente da Fundação José Saramago, recebeu na passada sexta-feira, na Biblioteca Nacional de Madrid, em Espanha, o prémio luso-espanhol de Arte e Cultura. É o reconhecimento de um trabalho notável em prol dos direitos humanos e da relação luso-espanhola.
Caldeira Cabral: 50 anos de carreira
Quando falamos de Pedro Caldeira Cabral falamos de guitarra portuguesa. Celebra agora 50 anos de carreira, em que se destacou pela divulgação patrimonial deste instrumento transversal a diversos géneros musicais. Na passada quinta e sexta-feira houve justa homenagem no S. Luiz.
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