Armando Esteves Pereira
Diretor-Geral Editorial AdjuntoA louca valorização das casas nos últimos anos, mais notória nas maiores áreas urbanas e nas zonas pressionadas pelo turismo, criou um inédito bloqueio no acesso das famílias de classe média a um sonho que até há poucos anos era perfeitamente alcançável. Até há cerca de 15 anos qualquer pessoa com rendimento médio e com juros até mais altos do que os atuais podia comprar uma habitação digna. Se não fosse no local desejado podia ser noutro a uma dúzia de quilómetros. Agora nem a 40 km encontram. E há várias razões para isso, houve um aumento brutal da procura: a afluência de imigrantes disparou nos últimos 8 anos e o País não se preparou para isso, nem cuidou das necessidades de habitação, nem dos imigrantes, nem dos que cá estavam. O turismo e as aplicações da net criaram um novo mercado de alojamento da curta duração que tornaram as casas ainda mais caras e expulsaram os habitantes residentes. E por outro lado houve uma quebra na oferta, por causa da crise do imobiliário a partir de 2008 que levou à falência de centenas de construtores e ao desaparecimento de milhares de operários qualificados, que emigraram, ou mudaram de atividade. Tudo isto conjugado com a inoperância política, quer das câmaras, quer dos governos, gerou uma tempestade perfeita que agora é paga com o desespero das famílias que não conseguem concretizar um sonho tão básico.
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