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Tânia Laranjo

Tânia Laranjo

Jornalista

Dúvida que corrói

24 de dezembro de 2025 às 01:30

Não surpreende, mas ainda assim deve causar estranheza. A política do segredo nunca foi saudável em democracia. Não se fecham portas para depois entreabrir janelas, mas isso não basta para iluminar o que ficou na sombra. A justificação apresentada pelo MP no caso que envolve o primeiro-ministro não convence, porque não chega. Montenegro governa o País, não um círculo restrito de confiança. Tem um contrato político e moral com os eleitores que exige transparência sem exceções nem zonas cinzentas. Quando as respostas falham ou se atrasam, instala-se a dúvida. E a dúvida corrói a relação entre governantes e governados. Quem é chamado a gerir o que é de todos deve aceitar sem reservas o escrutínio. Não se trata de desconfiança gratuita, mas de um direito essencial. Cabe-lhes governar; cabe-nos verificar. É nesse equilíbrio, frágil, mas indispensável, que vive uma sociedade democrática. 

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