Os adeptos das originalidades da política portuguesa têm motivos de desilusão. O País está alinhado com as normas do Mundo atual, em radicalismo autoritário, recusa de compromissos e afronta permanente reinantes nas maiores potências. As bandeiras do ‘Sozinhos contra todos’, da ditadura do Estado Novo, ou da ‘Via original para o socialismo’, em voga após o 25 de Abril, esfumaram-se com o correr do tempo. Hoje, nos Estados Unidos, na Rússia e na China dominam a intimidação dos interlocutores e os salvadores da pátria. A ocupação espalhafatosa do espaço mediático, à maneira de Trump, não permite que mais ninguém se faça ouvir. Em Portugal, a um mês das eleições Legislativas, é também o tom ofensivo que mais sobressai. Nos debates da pré-campanha há mais afronta do que confronto. Parece necessário vilipendiar o antagonista para se fazer ouvir. A disponibilidade para o diálogo, antes elogiada na ação política, já não qualifica ninguém. O engenho é não deixar os eleitores pensarem. Para conquistar votos basta estimular-lhes o ressentimento por serem esquecidos, injustiçados e sentirem-se inseguros no meio do tropel dos avanços tecnológicos. Felizmente, imagino que estejamos vacinados contra um qualquer ‘pai da pátria’.
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