A esquerda quer os CTT nas mãos do Estado. Acho bem. Embora, aqui entre nós, a reivindicação peque por modesta. Não basta ter o controlo público da empresa. É preciso resolver a crise que afecta o sector. O negócio das cartas está a morrer? A internet, e o enxame dos telemóveis, põe em causa velhos modelos de comunicação?
O PCP e o Bloco deviam promover restrições severas à internet (como na China) - e, em matéria de telemóveis, um aparelho por família sempre me pareceu suficiente. Sobre as cartas (que ninguém escreve), os camaradas podiam instituir cotas de produção epistolar, obrigando cada português a escrever uma por semana. Os funcionários da empresa, para dar o exemplo, deviam escrever cartas uns aos outros - todos os dias.
Se, apesar de tudo, estas medidas forem insuficientes, os CTT que alarguem os seus serviços para o telégrafo, a fumaça e o pombo-correio. O futuro não espera.
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