A ideia era boa: devolver rendimentos e esperar que as famílias, enlouquecidas e gratas, desatassem a torrar o cartão. Não aconteceu e os números do primeiro semestre comprovam-no. Que fazer?
Uma hipótese é assobiar para o tecto e esperar que um milagre cumpra as metas do crescimento (e do défice) até Dezembro.
Outra, mais segura, é aproveitar a boleia do Fisco no assalto às contas bancárias de todos portugueses. A medida, típica da selva, explica-se com a ‘evasão fiscal’. Mas o governo podia inspirar-se nas ideias brilhantes da ministra da Administração Interna e aplicar o mesmo raciocínio que ela reservou para as matas privadas: quem não cuida delas, perde-as.
Que o mesmo é dizer: se os portugueses, poupados e egoístas, não consomem patrioticamente como o dr. Costa gostaria, o Estado nacionaliza a conta e não se fala mais disso. Para grandes remédios, grandes males.
Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?
Envie para geral@cmjornal.pt