Manhã de 18 de Agosto de 1969, em Woodstock, EUA. Poucos espectadores em frente do palco do mítico Festival para assistir à mais icónica interpretação de guitarra eléctrica da história da música popular. Jimi Hendrix, para muitos o maior guitarrista de sempre, prepara-se para a mais polémica actuação da sua carreira. Músico exigente, já consagrado, inicia a desconstrução do Hino norte-americano ("Star-Spangled Banner" - A Bandeira Estrelada). Desmonta o Hino, acorde a acorde, até o transformar num genial entrelaçado de sons distorcidos e estridentes com a sua diabólica guitarra. Parecem sons de explosões e tiros. Um escândalo! Surgem as interpretações. Para uns, uma crítica à guerra no Vietname que então decorria, para outros uma ofensa à dignidade do Hino e do país. Tímido, mais diabo que anjo e pouco dado ao humor, Hendrix sempre defendeu que foi uma expressão do seu patriotismo, porque se lembrava de cantá-lo na escola. Bem pago e reconhecido em vida (morreu um ano depois), era negro mestiço, neto de uma índia cherokee. Sofreu a segregação racial, como tantos outros. Na América, em 1969, distorcer o Hino dava pouca vontade de rir aos auto-proclamados patriotas e até aos humoristas, ainda sem redes sociais à mão.
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