Em Portugal, crescem as doenças e os distúrbios mentais entre crianças e jovens. Uma filha que ataca o pai à facada, jovens que se suicidam, um rapaz que mata a mãe a tiro. Na mercearia de bairro, uma mulher chora baixinho, à conversa com uma vizinha. "Já não sei o que hei-de fazer!" O filho com aptidões únicas é inteligente, mas tem problemas de adaptação à escola e às pessoas. Tem 14 anos e anda numa escola pública da Grande Lisboa. Que remédio! A mãe não tem dinheiro para que seja acompanhado por um psicólogo ou psiquiatra. Conta que o rapaz não pára quieto, fala com aparente despropósito, interrompe as aulas, vive no seu mundo muito próprio. Mas quando se interessa por alguma coisa ou disciplina, é o melhor. "Ele tem capacidades espantosas!" Mas quem é que o pode compreender e ajudar lá na escola? A falta de psicólogos é um problema crítico. No Orçamento para 2026 pouco se fala na saúde mental dos jovens. Há a ideia dos "cheques-psicólogo" mas a medida está suspensa até 2026. O programa de saúde mental nas escolas não sai do papel. Fala-se em promover equipas multidisciplinares nas escolas - psicólogos, assistentes sociais e enfermeiros. Um responsável da Ordem dos Enfermeiros, Ricardo Correia de Matos, dá o alerta. "Precisamos de redes de referenciação rápidas, que não deixem ninguém sozinho à espera de uma consulta!" E tem que ser já! "É tempo de colocar a saúde mental no centro das prioridades, não como promessa mas como urgência". Na mercearia, a mãe desespera. "Já me deram a entender que é melhor ele ficar em casa! A fazer o quê? Para ficar agarrado ao telemóvel?!" Não há dúvidas: está em curso uma epidemia silenciosa.
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Falta de psicólogos é problema crítico.
Vai ser uma lua-de-mel em grande!
"Reconstruir isto vai render biliões!"
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É agora que vou mudar de clube?!
Estava enjoado de camarões…
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