Crianças cadavéricas, barrigas inchadas, olhos parados. Meados do anos 60. Fotos e imagens entram de rompante pelas casas de sossegadas famílias ocidentais. Também em Portugal, apesar da censura. É a guerra do Biafra, província da Nigéria em guerra pela independência. Pela primeira vez em tempo útil, a guerra e a fome têm rostos. Morreram de fome quase 2 milhões de pessoas. Manuel era criança. Lembra-se das caras e dos corpos escanzelados em jornais e revistas que os pais guardavam. Por essa altura, aparecem nos EUA e no Ocidente imagens captadas no Vietname. É também o horror da guerra e da fome. É o napalm e o "agente laranja", que queimam florestas, lavras e plantações, no Vietname como em Angola. Porque vê, ouve e lê, Manuel não pode ignorar por estes dias as imagens das crianças em Gaza. As que podem, amontoam-se por um prato de farinha que chega a conta-gotas. Costelas salientes, barrigas a inchar por acumulação de líquidos por falta de proteínas.
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