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Victor Bandarra

Victor Bandarra

Jornalista

A nobreza das amas de leite

17 de agosto de 2025 às 00:30

Laura, perto dos 70, foi amamentada pela mãe até aos 3 anos. Ana, sua mãe, deu de mamar a cinco filhos e a mais a uns quantos de mulheres das aldeias saloias em redor. Mulheres que, por infortúnio, não tinham ou perderam o leite. Ana, rapariga viçosa, foi ama de leite por força da sua natureza e bonomia. Chegou a levar Laura, ainda bebé, para os pomares onde apanhava fruta à jorna. A intervalos, pedia licença ao patrão, puxava do peito e alimentava a filha à sombra de uma pereira mais frondosa. Laura, saudosa da mãe, anda chocada com a ideia governamental de mudar a lei da amamentação. E protesta. "Duas horas por dia para dar de mamar é pouco. Nem no tempo da minha mãe!" A Organização Mundial de Saúde recomenda amamentação exclusiva para bebés até aos 6 meses e que continue até aos 2 anos ou mais. As amas de leite à antiga desapareceram. Em Portugal, existem dois bancos de leite humano, em Lisboa e no Porto. Leite doado por mães com leite em excesso e que ajudam à sobrevivência de bebés vulneráveis. Laura suspira. "Dar de mamar é uma benção de Deus!"

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