Casar já não é o que era. O número de casamentos tem decrescido em Portugal. Apesar dos pesares, casar é ainda o sonho de muito boa gente. Ana e José, vida em comum há anos, têm resistido às agruras do aumento do custo de vida. Ambos na casa dos 30, eis que uma bela noite tomam a decisão. "Agora é que é! Vamos casar e ter filhos!" E ficam a cismar. "Mas casar custa um dinheirão!" No tempo dos pais e avós, rapariga que não juntasse os trapinhos antes dos 30 anos "ia para tia". Onde isso já vai! Segundo o INE, a idade média do primeiro casamento é hoje de 35,8 anos para os homens e de 34,3 anos para as mulheres. Em 2024, dos 36 633 casamentos, 8,5% foram entre portugueses/as e brasileiros/as. A mãe de Ana, mulher à antiga, lembra-se dos casamentos do seu tempo. Os convidados, ricos ou pobres, contribuíam com o que podiam, em dinheiro ou em géneros. Com o tempo, os convidados com direito a boda passaram a participar com uma quantia tacitamente acordada. Para poupar, Ana e José fazem a sua pequena lista de convidados - família chegada e alguns amigos. Por junto, umas 25 pessoas. Para não passarem vergonhas, decidem-se por um repasto num restaurante da vila, 80 euros por cabeça, com direito a marisco e doçaria variada. Ana suspira. "Temos que adiar a lua-de-mel!" A mãe, muito prática, sorri. "Isso é que era bom!" E então? "Têm que convidar umas 120 pessoas, pelo menos!" Espanto. "Pois! Cada uma tem que dar, pelo menos, 100/150 euros de presente!" E faz as contas. Pagos os 80 euros/cabeça da boda, sobram mais de 2000 euros. Gargalhada das antigas. "Vai ser uma lua-de-mel em grande!"
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Vai ser uma lua-de-mel em grande!
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