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Joana Amaral Dias

Joana Amaral Dias

Professora universitária

Estado interrompido

29 de junho de 2013 às 01:00

O governo acabou isolado (perante a união sindical, o apoio das confederações patronais, o elogio aos grevistas nas notícias internacionais) e a seguir, como todo o bully, estrebuchou, atacando quem protestava ordeiramente. A polícia fez-lhes um cerco e impediu-os de contactar advogados, tentando criar um escândalo para abafar a greve geral.

Aliás, decorrem dezenas de julgamentos cuja acusação é o exercício do direito de reunião ou manifestação, e voltaram a existir ficheiros com dados de ativistas.

Se a isto somarmos todas as exceções que o executivo já despejou, mais as que prepara, a pulsão para governar fora da lei, inclusive da constituição, a vontade expressa de restringir a lei da greve, temos que esta pode ter sido a última em relativa liberdade.

Os que foram detidos dizem que não são criminosos, mas apenas arguidos, ao passo que no governo não há arguidos, mas apenas criminosos. Nem mais.

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