A convenção do Partido Democrata começou com um discurso e um ato simbólicos, num ambiente de grande entusiasmo. A despedida de Joe Biden, em Chicago, transformou-se em mais uma peça desse formidável e surpreendente choque energético recebido pela campanha democrata, pelo menos desde que Kamala Harris entrou em cena. Ela própria tem sido a protagonista de uma metamorfose inédita entre uma vice-presidente discreta e uma candidata muitíssimo forte, de verbo solto e contundente, sempre na ofensiva, fazendo acreditar que a vitória é possível. A consequência mais imediata da candidatura de Kamala foi a transferência de confiança para o lado democrata, devolvendo a esperança a uma campanha mortiça e afunilada na incapacidade física e na idade de Biden. Se Kamala teve um arranque em grande estilo, o impulso continuou com a designação do vice-presidente Tim Walz, consolidando a subida nas sondagens e a capacidade de os Democratas vencerem nos estados mais difíceis e imprevisíveis. O ambiente frenético que os democratas têm vivido contagiou o próprio Biden, que se apresentou em Chicago com as doses certas de emoção e racionalidade, sintetizando bem aquilo que será melhor para uma certa ideia de civilização e Mundo. Uma vitória de Kamala Harris será sempre melhor do que um segundo mandato de Trump, que seria, inevitavelmente, o sinónimo de tempos de ódio, vingança e incerteza.
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