Montenegro não tem um mas três problemas com a justiça e o escrutínio. A averiguação preventiva sobre a Spinumviva, cujos limites são óbvios, não consegue esclarecer nada sem que se abra um inquérito, que é o que deveria ter sido feito logo. Com os factos conhecidos há seis meses, deveria ter sido aberto um inquérito. Tem também um problema com a investigação à requalificação da estação ferroviária de Espinho. As ligações perigosas entre a câmara daquela cidade, o empreiteiro da obra e dono da ABB, próximo de António Salvador, do Sp. Braga, concessionário do estacionamento local e amigo de Montenegro, obrigam, cada vez mais, a investigar tudo. Para que se demonstre, pelo menos, que a casa do primeiro-ministro não é uma contrapartida de qualquer coisa. Por fim, Montenegro tem um terceiro problema com a Entidade para a Transparência, que não aceita parte das explicações que tem dado. Explicar tudo em todas as frentes, de forma cabal, é o mínimo que se exige a um primeiro-ministro. Numa democracia costuma ser assim. A menos que a AD esteja a pensar mudar as leis da República e a própria República para um regime de respeitinho e reverência às autoridades da Nação, como se dizia no tempo de Salazar. Isso sim, seria uma enorme pouca-vergonha. O resto é apenas a democracia a funcionar. Habitue-se!
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