O assunto está morto e as autárquicas do próximo domingo também não o ressuscitaram: deve ou não recuperar-se o tema da regionalização? Os municípios, sobretudo os do Interior, mas não só, teriam alguma coisa a ganhar, nomeadamente ao nível do desenvolvimento local e fixação da população? Continuam a fazer sentido os argumentos de divisionismo e pequena dimensão do País, como fatores desfavoráveis e, até, impeditivos, a um processo de regionalização? O sistema de governação assente no peso do Estado central é o que melhor serve o interesse das populações?
Já passaram 27 anos desde a realização do primeiro e único referendo à regionalização. O ‘Não’ venceu de forma esmagadora (63,5% contra 36,5%), num ato eleitoral em que participaram cerca de 48% dos eleitores. Os tempos mudaram, o País também, a massa crítica é outra, a capacidade de elaborar estudos credíveis sobre as vantagens e desvantagens do processo, imprescindíveis para um debate sério, sem tabus nem preconceitos, é inquestionável. Há especialistas em várias áreas a quem a missão ficaria em boas mãos. Há um manancial estatístico imenso. Porque a questão central mantém-se: poderia a regionalização corrigir as assimetrias regionais, que se vão acentuando de ano para ano, beneficiando o País no seu todo? Com o assunto ausente das agendas partidárias, nunca o saberemos.
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