A revista ‘The Economist’ considera Portugal a economia do ano. Uma economia que não cresce, é certo, mas boa para turistas endinheirados, que compram vistos ‘gold’ e não querem pagar impostos. Uma economia em pleno emprego, cheia de mão de obra imigrante que o Governo quer despachar para os seus países. Uma economia que mostra ao Mundo a doçura de viver em Portugal, mas é incapaz de criar um mercado de habitação acessível. Que não distribui, pelo contrário, concentra a riqueza nos de sempre, manda jovens para fora, expulsa pessoas dos centros das cidades, tem os serviços públicos exauridos por falta de investimento, depende do dinheiro do PRR. O artigo da revista, que cheira muito a conteúdo patrocinado, é uma prova de um velho paroquialismo português. Lá fora reconhecem, afinal, o que não vemos cá dentro. Mas o ponto é outro. Uma nação não se constrói na base do carneirismo nem da pretensão unanimista. Por isso farão muito bem os que amanhã tencionam defender os seus direitos aderindo à greve geral. Têm, pelo menos, a mesma legitimidade que o Governo em considerar que o seu projeto é essencial para dar competitividade à economia, mesmo quando isso parece um conto de fadas. Como a história da revista.
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Artigo da ‘Economist’ cheira demasiado a conteúdo patrocinado.
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