Para que serviram, afinal, os quase 23 milhões de euros que Ricardo Salgado e o Grupo Lena meteram em contas de Carlos Santos Silva na Suíça? É dinheiro de Sócrates ou não? Essa fortuna foi utilizada para pagar uma casa em Paris usada por Sócrates e familiares.
Pagou um monte no Alentejo à ex-mulher e a colaboração de um professor universitário, Domingos Farinho, nos devaneios filosóficos do ex-primeiro-ministro. Pagou a obsessão de Sócrates com a propaganda e o ataque a quem discordava da sua opinião.
Aquele dinheiro, na propriedade formal de Santos Silva mas realmente na disponibilidade de Sócrates, pagou quase 400 mil euros a um sabujo da internet que dava pelo pseudónimo de Miguel Abrantes mas que na vida real responde pelo nome de Peixoto.
Só para fazer de cãozinho de guarda, aplaudido pela fina-flor de alguns blogues e outra tralha. Se o dinheiro não é de Sócrates, ele e os interesses que o rodeiam eram, sem sombra de dúvida, os únicos beneficiários. Pagou até as despesas correntes de toda a família - do dentista, às férias e propinas. Se os indícios recolhidos pelo Ministério Público sobre o dinheiro e os favores feitos a Salgado e ao Grupo Lena não retratassem uma atuação delinquente mostrariam sempre um louco perigoso. Que governou Portugal.
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