Armando Esteves Pereira
Diretor-Geral Editorial AdjuntoVamos para mais umas eleições do poder local, um força importante deste país, que já antes de ser nação tinha tradição municipalista. Mas nestes 50 anos também há um lado negro. Muitas fortunas, a maior parte delas já lavadas pelo tempo, foram feitas por eleitos locais. Muito haveria para contar das relações entre empreiteiros e autarcas. Desde as contrapartidas em descontos na compra de imóveis a tantos negócios simulados que a um olhar mais desatento até parecem operações legítimas. Seriam precisas muitas mãos para contar todos os casos de enriquecimento ilícito à conta do poder autárquico e a maior parte dos casos nem sequer tiveram o nome sob suspeita pública.
Nas últimas décadas com as novas exigências sobre o setor bancário e o combate ao branqueamento de capitais, estas operações tornaram-se mais complicadas, é preciso mais engenharia, planeamento e uso de offshores. Mas ainda há indícios de negócios à moda antiga. O caso divulgado pela revista Sábado sobre o presidente da câmara de Paredes é um exemplo. O político adquiriu dois apartamentos T3 junto ao Parque da Cidade por 206 mil euros, um valor considerado abaixo do mercado. Imediatamente o autarca vendeu um dos apartamentos por 222 500 euros. Feitas as contas, a operação terá rendido ao autarca mais de 120 mil euros de lucro e ainda tem o outro T3. Cheira a corrupção à moda antiga.
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