Com o seu advogado na liderança de um importante grupo de Comunicação Social, José Sócrates mexia os cordelinhos dos seus fiéis para coartar a liberdade ao Correio da Manhã. O fim era óbvio e já tentado anos antes – Sócrates precisava de matar a imprensa livre para não morrer politicamente. Ensarilhado em conflitos de interesses vários, que vão do BES a Angola, em que ocultou informação relevante sobre a situação do grupo de Ricardo Salgado; de Sócrates à Altice; da Zon à TAP; também Proença de Carvalho e seus múltiplos clientes precisam do manto discreto da censura prévia para vender Portugal a retalho sem ética nem dano próprios.
Para o cidadão Proença, como para Sócrates, qualquer laivo de liberdade de imprensa é um perigo para a opacidade necessária aos seus negócios, que acabarão por fazer de Portugal um imenso campo de refugiados, sem orgulho nem esperança. É neste contexto que deve ser lida a notícia de hoje, e as que o CM avançará nos próximos dias, sobre o pântano que Proença tempera na sua enorme panela de feiticeiro das leis e das ordens. Para Proença, como para Sócrates, o nosso país só é viável se os procuradores tiverem medo, os juízes vergarem a cerviz aos novos ricos e os jornalistas não tiverem inquietações que vão além do estado do tempo e das ocorrências do acaso.
É cada vez mais necessário saber o que dizia Sócrates nas escutas ocultadas aos cidadãos, que portugueses dignos e juristas de qualidade classificaram como atentado ao Estado de Direito. Agora, a história repete-se com Proença de Carvalho, já detentor do controlo sobre dois importantes jornais e uma rádio, a visar o controlo da TVI e o amordaçar dos produtores de conteúdos independentes, com a compra da PT pelos franceses da Altice. É perante esta grave ameaça sobre a liberdade de expressão e de imprensa que, à semelhança do que aconteceu na Face Oculta, o CM irá constituir-
-se assistente no processo que agora corre contra o empobrecimento de Portugal, promovido por José Sócrates e os seus inúmeros títeres.
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