A prisão de Orlando Figueira é o último episódio de uma história que é anterior ao atual ciclo do Ministério Público.
É um episódio do tempo em que este era liderado por Pinto Monteiro na Procuradoria-Geral da República e Cândida Almeida no DCIAP. Nesses anos, o DCIAP era uma instituição duplamente desautorizada. Primeiro, pela liderança fraca de Cândida Almeida, que foi naufragando nas suas próprias contradições, desde os submarinos ao Freeport. Depois, pelo próprio Pinto Monteiro, que criou uma suspeição sistemática sobre o DCIAP.
Criticou em público magistrados que tinham casos sensíveis, promoveu processos disciplinares, quis concentrar poderes. Esse ambiente e a trituradora infernal em que se transformaram os processos de Angola, todos eles provenientes de alertas de branqueamento ou de conflitos com uma inimaginável escala de milhões, fizeram o resto. O processo de Figueira destapou todas as fraquezas do sistema.
Mostrou uma hierarquia desastrosa, um Conselho Superior ineficaz, uma inaceitável incapacidade de enfrentar os conflitos de interesses e o poder excessivo, por solitário, de quem arquiva. Felizmente alguém percebeu a tempo e fez o que devia ser feito. E essas pessoas, de novo, felizmente, estão à frente da PGR, do DCIAP, da PJ e da sua Unidade Nacional de Combate à Corrupção.
Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?
Envie para geral@cmjornal.pt
Ficamos a saber o que a ministra pensa sobre o valor da vida das “recém-chegadas a Portugal” .
Governo mostra ser incapaz de valorizar ação social para lá dos atos pontuais.
O ministro Leitão Amaro tem de ser poupado à canseira de editar jornais.
É preciso contrariar a inércia que aprova a criminalização das lanchas com um atraso simbolicamente trágico".
Governos da AD dão-se melhor com patrões do que com trabalhadores.
Primo de Sócrates abre a mala e tira 20 mil euros! Uau! Importa-se de repetir?