Armando Esteves Pereira
Diretor-Geral Editorial AdjuntoQuem conhece bem Ana Paula Martins diz que o lugar de ministra da Saúde é a sua cadeira de sonho. Alcançou o sonho, mas falhou completamente e a sua gestão é um pesadelo. Mesmo que tivesse sete vidas políticas para gastar, já as desperdiçou todas, com sucessão de erros e de falhanços. O SNS (Serviço Nacional de Saúde) era um dos serviços de excelência a nível mundial, que orgulhava o País, está pior . Os problemas não começaram com a gestão de Ana Paula Martins. O envelhecimento da população, acrescido pela vinda de cerca mais de um milhão de imigrantes na última década agravou a pressão, tal como as inovações farmacêuticas também contribuíram para o agravamento dos gastos . A falta de resposta política e défices de gestão levaram a que o sistema mais pressionado acelerasse o processo de degenerescência. Há fraudes e falta de exigência. Há muitos serviços, como por exemplo as áreas cirúrgicas, em que a produtividade é medíocre, não por culpa dos profissionais, mas por falta de condições, desde blocos operatórios disponíveis até à falta de anestesistas que impossibilitam o trabalho dos outros especialistas. Mais do que dinheiro o SNS precisa de um choque de gestão e o erro primordial desta ministra foi ter demitido, por questões pessoais, o primeiro diretor executivo do SNS, matando um modelo que tinha potencialidades, mas que até agora não resolveu nada. Porém há quem tenha razões para estar satisfeito com o trabalho desta ministra: os negócios dos seguros de saúde e os hospitais privados nunca ganharam tanto dinheiro como agora.
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Mesmo que tivesse sete vidas políticas, a ministra da Saúde já as desperdiçou todas.
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