O português Claúdio Valente, suspeito da morte de dois alunos na Universidade de Brown, e do professor do MIT, Nuno Loureiro, de quem foi colega no "Técnico”, vivia legal nos EUA ao abrigo do ‘Diversity Lottery Immigrant Visa’. Trata-se de um sorteio de vistos permanentes (ou green card) para cidadãos de países que tenham registado taxas migratórias reduzidas. Valente ganhou-o em 2017, era Donald Trump presidente. Ou seja, o alegado assassino não entrou nos EUA a salto e não consta que alguma vez tivesse comido cães, gatos ou outros ‘pets’ para sobreviver num subúrbio do Texas. Viveu num bairro chique (mediano para o padrão americano) de Miami, na mesma linha de costa atlântica onde Trump mora.
Depois deste crime, a secretária para a segurança interna dos EUA, classificou Valente de “indivíduo hediondo [que] jamais deveria ter tido permissão para entrar no país” e anunciou o cancelamento da ‘Diversity Lottery’ para todos.
Culpar normas e leis por crimes isolados enquanto se incentiva a livre aquisição de armas, com as quais se facilitam homicídios, tem marcado a repugnante política desta administração. Não questionar a falta de apoio, por exemplo em termos de saúde mental, a um aluno que aparentemente falhou em Brown, como parece ter sido o caso de Valente, ou investigar o porquê da demora na sua captura, que provavelmente teria salvo Loureiro, talvez seja bem mais hediondo.
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Políticas que incentivam livre aquisição de armas são repugnantes.
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