"Presidente não deve ser um contrapoder"
Ministro da Saúde agradeceu visita de Marcelo ao São José.
Correio da Manhã – Uma das críticas que lhe fazem é que terá mais peso mediático do que institucional. Como responde?Marcelo Rebelo de Sousa – O que é peso institucional? Peso institucional é experiência política.
Se nos lembrarmos da sua ida às Urgências do Hospital de São José, que contributo quis dar?Fui lá dizer o seguinte: é preciso manter a confiança no Serviço Nacional de Saúde.
Se fosse Presidente, faria essa visita?
É evidente. Tenho a certeza de que neste caso vai haver um apuramento das responsabilidades. A razão de fundo tem que ver com o atraso da construção do Hospital Oriental.
São competências do Governo?São. Tive o cuidado de pedir autorização ao ministro da Saúde e de transmitir o que ia dizer e se via algum inconveniente. O ministro disse que agradecia a intervenção.
Vai ter sempre em cima da mesa a folha da dissolução caso vença as eleições?
Não. A pior coisa que se pode pensar é 'ah, eu vou dissolver, eu quero dissolver'. Não. É exatamente o oposto. Quero que corra bem. Não é para desagradar ou agradar a quem quer que seja. A dissolução é para casos excecionais.
Se for eleito, está disponível para ir ao limite do quê?
Há uma coisa que eu não devo fazer: ultrapassar a Constituição. O Presidente não tem de ser um contrapoder.
Onde é que vai passar o Fim de Ano? Durante anos, vimo-lo a caminho do Brasil com Ricardo Salgado...Há muitos anos que não vou a caminho do Brasil. São os meus netos que vêm a Portugal. Mas tinha um compromisso de pré-campanha, de ver como é que uma comunidade – Albufeira – tinha reconstruído o que foi destruído por uma calamidade natural.
É uma ação mediática...Não é uma ação mediática. A minha ideia é visitar o que há a visitar e fazer a Passagem do Ano recatado. Não vou para o meio da praça aos berros.
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