“O primeiro-ministro ainda deve explicações que são importantes ao País”: André Ventura sobre CPI à Spinumviva
De acordo com o líder do Chega, o País "precisa de alguma calma e estabilidade".
André Ventura, líder do Chega, esteve, esta quinta-feira, no 'Grande Jornal' da CMTV para comentar os resultados eleitorais do passado domingo. O deputado do Chega diz que o eleitorado "deu-lhe força para ser o líder da oposição".
"É isso que eu vou ser. O partido tem a obrigação de fazer a oposição, escrutinar e impedir a corrupção", afirmou Ventura, explicando que "enquanto o PS confiou no Governo e tirou-lhe essa confiança no final, o Chega também tirou a confiança ao Governo, mas o eleitorado deu-lhe um reforço na votação".
Ventura frisou que, caso se confirme no dia 28 de maio que o Chega é a segunda força política de Portugal, o PS leva com uma derrota histórica.
"A minha posição é de que os governos devem cumprir as legislaturas. Quem ganhou foi a AD, é a AD que deve governar", acrescentou. Ventura explicou que pretende ser líder da oposição e não "da destruição". "O Chega não quer ser um partido para destruir, quer ser um partido para construir. Não queremos ser uma força de bloqueio, queremos ser uma força construtiva. Podemos fazer investigação sem perseguir ninguém", afirmou à CMTV.
André Ventura diz que “a AD e o Chega têm condições para garantir o controlo na imigração”. De acordo com o líder do Chega, o País "precisa de alguma calma e estabilidade. Quando digo limpar Portugal, é limpar o Chega também".
Relativamente à polémica da Spinumviva que motivou a queda do Governo, e à realização de uma comissão parlamentar de inquérito (CPI), o líder do Chega considerou que Luís Montenegro "ainda deve muitas explicações".
"Nunca nenhum primeiro-ministro foi apanhado a receber dinheiro enquanto era primeiro-ministro. O partido principal não deve ter medo. Pode-se fazer [CPI] sem se perseguir ninguém ou a família", disse durante a entrevista à CMTV.
O deputado afirmou que o Chega não vai deixar a revisão constitucional e que "tem de haver menos deputados na Assembleia da República".
Ventura afirmou que as eleições autárquicas vão ser as mais difíceis para o partido. "Às vezes há muita vontade de assumir cargos nacionais e menos para assumir cargos locais. Queremos ganhar câmaras municipais e geri-las bem".
Sobre os resultados numas próximas eleições legislativas, Ventura colocou em cima da mesa a possibilidade da vitória ser do Chega. Mas asseverou que o Chega só ganhará as eleições nacionais quando se "implantar a nível de proximidade", por isso, é tão importante "consolidar resultados autárquicos em algumas zonas".
Relativamente à "subsidiodependência", Ventura afirmou que o partido Chega "reconhece que são necessários subsídios para quem precisa de ajuda".
"Há ciganos que são ótimas pessoas, mas são uma minoria os ciganos que pagam impostos". Ventura alega que a comunidade cigana não "faz um esforço para sair do círculo do crime" e para se integrar na sociedade. Voltou a frisar, novamente, que recebe ameaças de ciganos. "Hei de pôr fim à tua vida", exemplificou.
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