Altice admite exercer direito de preferência no SIRESP
Empresa pondera aumento de participação no sistema de comunicações que o Estado quer controlar.
A Altice não comenta o anunciado investimento do Estado de 2,6 milhões de euros para controlar o SIRESP mas lembra que "decorre um prazo de 15 dias para o exercício de direito de preferência na compra das participações" e que a empresa "equaciona todos os cenários que resultam dos direitos que lhe estão consagrados nos estatutos (..), incluindo eventuais aumentos de participação".
A empresa de telecomunicações é acionista em cerca de 30% do SIRESP e, afirma que, "já teve oportunidade, no passado, de referir que em nada se opõe à entrada do Estado no capital desta Sociedade Anónima". O CM revela esta sexta-feira que o Estado quer controlar o SIRESP e que o investimento será feito através da Parvalorem, a empresa pública que herdou os ativos tóxicos do BPN.
Relativamente a esta intenção do Estado a Altice afirma que não toma posição pública sobre "empresas em que participa como acionista, como fornecedor ou cliente" e este é o caso do SIRESP, o sistema comunicações usado pelos bombeiros e forças de segurança e que tem registado falhas nomeadamente durante as ações de combate a incêndios.
"Para a Altice Portugal, a rede SIRESP reveste-se de grande relevância para o país, estando a decorrer, neste momento, um importante processo de implementação das redundâncias da Rede", afirma a empresa que recorda ainda ter sido "o único operador do país com capacidade para projetar este tipo de sistema, por razões de ordem tecnológica e também por completa satisfação e cumprimento de qualidade de serviço prestados".
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