António Costa promete agir e diz que quer "Conselho Europeu onde tomemos decisões concretas"
Mitigação do impacto negativo no setor energético resultante da guerra na Ucrânia é o principal objetivo.
Na reunião desta quinta-feira, em Roma, que preparou o Conselho Europeu da próxima semana, o primeiro-ministro, António Costa, destacou que o desafio da pandemia de Covid-19, que atingiu todo o mundo, fez a Europa perceber que, em conjunto, consegue ter resposta para crises globais. "Ultrapassámos muito mais rapidamente [esta crise] do que a crise anterior", destacou.
Segundo António Costa, "o espírito de unidade da Europa tem marcado a sua resposta à guerra na Ucrânia", que soube aplicar sanções à Rússia, medidas de apoio à Ucrânia e solidariedade com os refugiados ucranianos. "Só uma Europa forte continuará a ter força para apoiar a Ucrânia e terá capacidade para reforçar o investimento em segurança e em defesa, de forma a garantir a paz", acrescentou ainda.
Para responder de forma estratégica às consequências económico-socias desta guerra, o primeiro ministro salienta que "Portugal tem o programa Next Generation You". "Desenvolvimento das energias renováveis, das interconexões, diversificação e rota das fontes de energia" são os pontos chaves que António Costa espera que sejam aplicados.
"Para que o Conselho Europeu não seja apenas mais um Conselho Europeu (...) têm de ser dadas orientações concretas", destacou o primeiro-ministro, que reforçou a importância de haver um Conselho Europeu onde sejam tomadas "decisões concretas imediatamente aplicáveis" tais como controlar o preço do gás e impedir o aumento do preço da eletricidade.
Sobre os protestos contra o aumento dos preços dos combustíveis, o primeiro-ministro afirma que compreende o fundamento dos protestos, mas "na margem daquilo que são as capacidades nacionais estamos a responder da melhor maneira possível", que para as famílias como para as empresas.
Costa reforçou também que tenciona entregar a lista de ministros do próximo Governo ao Presidente da República na noite de 23 de março, antes de rumar a Bruxelas para uma cimeira da NATO e um Conselho Europeu.
"Eu e o Presidente da República temos ajustado já várias vezes o calendário em função daquilo que têm sido várias das vicissitudes. Portanto, aquilo que neste momento está previsto é que a conclusão do apuramento dos resultados ocorra na próxima quarta-feira, dia 23, e que, portanto, antes de partir para Bruxelas, eu possa entregar ao senhor Presidente da República a lista dos ministros que integrarão o próximo Governo", declarou.
A Comissão Europeia volta a reunir o Conselho Europeu nos dias 24 e 25 de março.
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