"Impacto mais amplo na economia afetará também as finanças públicas", referiu o ministros das Finanças da UE.
A Comissão Europeia vai apresentar, na próxima semana, diretrizes para os Estados-membros da União Europeia (UE) enfrentarem elevados preços do gás e da eletricidade, que batem máximos e assim continuarão pelas tensões geopolíticas, com "impacto significativo" na inflação.
"Para abordar as questões relativas aos preços elevados da energia e alguns outros aspetos relativos à energia, a Comissão planeia apresentar uma comunicação sobre energia na próxima semana para lidar com estas questões", anunciou hoje o vice-presidente da Comissão Europeia Valdis Dombrovskis.
Em conferência de imprensa no final de uma reunião extraordinária dos ministros das Finanças da UE, dedicada ao conflito ucraniano causado pela invasão russa, o responsável pela pasta de "Uma economia que funciona para as pessoas" precisou que o executivo comunitário prevê agora que "o preço do gás e da eletricidade se mantenha elevado este ano".
"O impacto global sobre a inflação e a economia é significativo e não se espera que diminua em breve, pelo que estaremos num contexto de preços mais elevados e de inflação mais elevada durante mais tempo do que inicialmente pensámos", admitiu Valdis Dombrovskis.
Vincando que "a situação na Ucrânia se agravou dramaticamente", razão pela qual a UE tem vindo a atuar nomeadamente impondo severas sanções, o responsável admitiu que "haverá custos imediatos" para a Europa.
"A nossa assistência a um grande número de refugiados e o nosso apoio contínuo à economia deverá levar, entre outras coisas, a elevados preços da energia e tudo isso pesará nos orçamentos nacionais, pelo que este impacto mais amplo na economia afetará também as finanças públicas", referiu Valdis Dombrovskis.
Além disso, "o crescimento será afetado, teremos impacto nos preços da energia e nas cadeias de abastecimento, incluindo as matérias-primas, a confiança será abalada e haverá ainda custos orçamentais diretos", adiantou.
Lembrando os efeitos da crise da covid-19 e a forma como a UE se mobilizou para colmatar as pesadas consequências, Valdis Dombrovskis concluiu: "Mostrámos durante a pandemia o quão fortes somos quando agimos de forma unida e descoordenada e, por isso, é importante que agora também coordenemos a nossa resposta política e nos mantenhamos ágeis".
Também hoje, em entrevista à agência Lusa, comissário europeu da Economia afirmou que, devido à guerra na Ucrânia causada pela invasão russa, os preços energéticos na Europa deverão manter-se altos todo o ano, um agravamento face às anteriores previsões.
"Agora, as nossas expectativas são de que teremos preços elevados para grande parte, se não todo o ano. Depende da evolução da situação, mas, por exemplo, as nossas previsões de há três semanas baseavam-se na hipótese de que os preços da energia poderiam abrandar na segunda parte deste ano e agora esperamos que se mantenham elevados durante 2022 e isto, naturalmente, contribuirá para uma inflação elevada", declarou Paolo Gentiloni.
A posição surge em altura de acentuada inflação, que atingiu um novo máximo de 5,8% na zona euro, em fevereiro, face aos 5,1% do mês anterior e aos 0,9% registados em fevereiro de 2021, segundo uma estimativa hoje divulgada pelo Eurostat.
Por estes dias, os valores dos preços da energia também batem máximos, com o preço de referência europeu do gás natural, o holandês TTF, a ter disparado hoje para 194,715 euros por megawatt7hora, um máximo histórico impulsionado pela guerra na Ucrânia, dado a Rússia ser grande produtor e exportador de gás.
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