BE quer que Área Metropolitana do Porto resolva "desconhecimento generalizado" sobre nova rede UNIR

UNIR começou a operar a 1 de dezembro em todo o território da região.

05 de dezembro de 2023 às 17:25
Paragem de autocarro na Póvoa de Varzim Foto: Direitos reservados
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O BE do distrito do Porto apelou esta terça-feira a que a Área Metropolitana resolva rapidamente "o desconhecimento generalizado" sobre os horários e percursos da rede UNIR, defendendo que o arranque "não pode ser feito levianamente, nem de forma gradual".

"O arranque da rede metropolitana UNIR não pode ser feito levianamente, nem de forma gradual: as pessoas dependem do transporte público para se deslocar, trabalhar e estudar", afirmou hoje, em comunicado, o Bloco de Esquerda do distrito do Porto

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Defendendo que a mobilidade é "um direito social", o BE diz não ser possível aguardar até março do próximo ano "para sanar o problema de falta de autocarros", a informação disponibilizada aos utentes ou linhas suprimidas, questões que afirma serem "de urgente resolução".

"É imperativo um rápido investimento em veiculação de informação simples e acessível sobre as linhas e horários, reposição de linhas suprimidas, nomeadamente a de Braga, assim como a garantia de que existe capacidade de acompanhamento dos atrasos ou não passagem dos autocarros em tempo real", salienta, acrescentando que a nova rede UNIR não se pode "manter neste nível de amadorismo".

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"Esta falta de capacidade de preparação atempada da entrada em vigor de uma rede coesa e fiável causa um transtorno imenso a quem diariamente usa o transporte público", refere.

Nesse sentido, o BE apela para que a Área Metropolitana do Porto (AMP) e os municípios que a integram resolvam rapidamente o "desconhecimento generalizado sobre os horários e percursos das carreiras".

Simultaneamente, os bloquistas apelam a que sejam auscultadas as populações sobre a nova rede de transportes "com vista a corrigir e melhorar o serviço tendo em conta quem o utilizado".

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"A alteração não pode ser feita em completo desnorte e desrespeito por quem os usa e deles depende para as deslocações diárias", acrescenta o BE.

A UNIR começou a operar a 1 de dezembro em todo o território da região, após anos de litigância nos tribunais com os anteriores operadores.

A nova rede de 439 linhas e nova imagem substitui os serviços efetuados pelos cerca de 30 operadores privados rodoviários na AMP, como, por exemplo, a Caima, Feirense, Transdev, UT Carvalhos, Gondomarense, Pacense, Arriva, Maré, Landim, Valpi, Litoral Norte, Souto, MGC, Seluve, Espírito Santo, entre outros.

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No Porto e nos concelhos vizinhos, o serviço da STCP (Sociedade de Transportes Coletivos do Porto) mantém-se inalterado.

Toda a rede UNIR utilizará o sistema de bilhética Andante, e acaba com um modelo de concessão linha a linha herdado de 1948, já que o concurso público foi dividido em cinco lotes, ainda que todos operem sob a mesma marca.

A AMP vai desembolsar um total de 311,6 milhões de euros ao longo de sete anos no âmbito da nova rede de transportes públicos rodoviários, segundo os contratos.

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A UNIR foi implementada na sequência de um concurso público lançado em 2020, mas viu o seu lançamento ser atrasado devido a sucessivas impugnações por parte de alguns dos antigos operadores no terreno, que perderam o concurso público e operaram ao abrigo de licenças provisórias.

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