Projeto da UNIR prevê ainda a disponibilização de horários em tempo real através de aplicações móveis. Serviço da STCP mantém-se inalterado.
A UNIR, a nova rede de autocarros da Área Metropolitana do Porto (AMP), começa esta sexta-feira a operar em todo o território da região, num arranque que se prevê tumultuoso, após anos de litigância nos tribunais com os anteriores operadores.
A nova rede de 439 linhas e nova imagem irá substituir os serviços efetuados pelos cerca de 30 operadores privados rodoviários na AMP, como, por exemplo, a Caima, Feirense, Transdev, UT Carvalhos, Gondomarense, Pacense, Arriva, Maré, Landim, Valpi, Litoral Norte, Souto, MGC, Seluve, Espírito Santo, entre outros.
No Porto e nos concelhos vizinhos, o serviço da STCP (Sociedade de Transportes Coletivos do Porto) mantém-se inalterado.
Toda a rede UNIR utilizará o sistema de bilhética Andante, e acaba com um modelo de concessão linha a linha herdado de 1948, já que o concurso público foi dividido em cinco lotes, ainda que todos operem sob a mesma marca.
O presidente da AMP, Eduardo Vítor Rodrigues, já reconheceu que existe "uma grande inquietação, sobretudo de alguns públicos que têm mais dificuldade em olhar para o 'site' e manipular o 'site' [da UNIR] na busca de informação" quanto ao arranque da nova rede.
Para o começo das operações, as novas empresas tiveram de recrutar "cerca de 160 motoristas que vieram do estrangeiro e que estão neste momento em fase de formação, e quase 200 novos autocarros", segundo o também autarca de Gaia.
O autarca pediu "a compreensão de todos" perante eventuais motoristas que possam ter "um problema ou outro num trajeto menos conhecido".
Ao longo da última semana, os horários dos cinco lotes têm sido publicados a 'conta-gotas', gerando comentários de indignação dos utilizadores pelas redes sociais da UNIR.
A rede utilizará quatro dígitos para identificar as linhas, seguindo uma lógica de atribuição por concelho, e contará com autocarros azuis, brancos e pretos.
A Arouca ficou atribuído o código de linha 10XX, a Oliveira de Azeméis os códigos 123X, 124X (linhas urbanas) e 12XX, a São João da Madeira o 14XX, a Vale de Cambra 16XX, a Santa Maria da Feira 20XX e 21XX (rede urbana), à Póvoa de Varzim 30XX e 33XX (rede urbana), a Vila do Conde 35XX, a Matosinhos 50XX e 51XX (rede noturna), a Maia 60XX, a Trofa 63XX, Santo Tirso 66XX, Valongo 70XX, Paredes 73XX, Gondomar 80XX, Vila Nova de Gaia 90XX e Espinho 95XX.
Porém, para já, as linhas da UNIR em Matosinhos e na Maia continuarão a utilizar a numeração dos anteriores operadores Maré e Maia Transportes.
Quanto às paragens, de acordo com o manual de imagem da UNIR, a que a Lusa teve acesso, as indicações de linhas nos postes terão uma configuração semelhante às da STCP, com identificação da zona Andante, nome e código da paragem, número das linhas e destinos e, tal como sucede também na STCP, estarão afixados os horários previstos de passagens das linhas.
O projeto da UNIR prevê ainda a disponibilização de horários em tempo real através de aplicações móveis.
A AMP vai desembolsar um total de 311,6 milhões de euros ao longo de sete anos no âmbito da nova rede de transportes públicos rodoviários, segundo os contratos.
O lote mais caro foi o Norte Nascente (Santo Tirso/Valongo/Paredes/Gondomar), adjudicado pela AMP à Nex Continental Holdings (conhecida como Alsa) por 93,5 milhões de euros, seguindo-se o Norte Centro (Maia/Matosinhos/Trofa), adjudicado à Vianorbus (consórcio Barraqueiro e Resende) por 82,3 milhões de euros.
Na tabela segue-se o lote Sul Poente (Vila Nova de Gaia e Espinho), adjudicado à Transportes Beira Douro (da Auto Viação Feirense) por 59,8 milhões de euros, o Sul Nascente (Santa Maria da Feira/São João da Madeira/Arouca/Oliveira de Azeméis/Vale de Cambra), adjudicado à Xerbus (Xerpa Mobility e Monbus) por 41,9 milhões de euros, e o Norte Poente (Póvoa de Varzim/Vila do Conde), adjudicado à Porto Mobilidade (consórcio Transdev, Auto Viação do Minho e Litoral Norte) por 34,1 milhões de euros.
A UNIR foi implementada na sequência de um concurso público lançado em 2020, mas viu o seu lançamento ser atrasado devido a sucessivas impugnações por parte de alguns dos antigos operadores no terreno, que perderam o concurso público e operaram ao abrigo de licenças provisórias que caducam no domingo.
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