Belém aponta baterias a Sampaio da Nóvoa

O segundo dia de campanha ficou marcado pelo apontar de baterias de Maria de Belém, ex-presidente do PS, a Sampaio da Nóvoa, que disputa a mesma área política. Já Marcelo Rebelo de Sousa foi confrontado com as presidenciais de 1986, em que Freitas do Amaral disputou as eleições com Mário Soares, para dizer que é um político mais próximo do centro do eleitorado.

Em Beja, Maria de Belém não se coibiu de sublinhar que é "completamente diferente falar sobre as coisas ou já ter trabalhado e produzido obra" e garantiu que não vai usar a campanha "para falar mal dos partidos, para dizer que são geradores de intriga, que precisam de alguém de fora para os reabilitar", numa alusão a Sampaio da Nóvoa. "Eu sou absolutamente contra este tipo de estratégia."

Antes, em Portimão, Belém reencontrou Pedro Nunes, ex-bastonário dos médicos. Mas quando esperava críticas ao subfinanciamento do Serviço Nacional de Saúde, o médico garantiu não ter razões de queixa no Centro Hospitalar do Barlavento Algarvio.

Sampaio da Nóvoa começou o dia em Espinho, onde foi elogiado pelos "bonitos olhos". Seguiu para Oliveira de Azeméis, onde frisou que "vai haver segunda volta" nas presidenciais. Voltando o debate sobre "os ziguezagues" do ex-líder do PSD, deixou claro: "Os meus dois adversários são a abstenção e Marcelo Rebelo de Sousa." Já o social-democrata começou o dia em Foz Coa, onde explicou a polémica em torno do serviço militar. Mas o momento alto foi na Guarda, quando desafiado a comparar estas eleições com as de 1986. "Aquelas eleições foram muito dramatizadas em termos ideológicos, direita/esquerda, muito rígidas". Agora, diz Marcelo, "não há clivagens profundas". "O candidato da direita [Freitas do Amaral] vinha da direita da direita. Eu venho da esquerda da direita", frisou.