Câmara de Loures estima ter concluída em 2027 saída da A1 em São João da Talha
Empreitada, que será financeiramente suportada na íntegra pela autarquia.
A Câmara Municipal de Loures perspetivou, esta quarta-feira, ter concluída em 2027 a saída da Autoestrada do Norte (A1) em São João da Talha, uma obra que está orçada em cerca de 10 milhões de euros.
O lançamento do concurso para a realização da empreitada, que será financeiramente suportada na íntegra pela Câmara Municipal de Loures, decorre esta tarde, a partir das 18:00.
A intervenção prevê a criação de um novo ramo de cerca de 470 metros, entre os nós de Sacavém e Santa Iria da Azóia, na A1 (sentido sul-norte), e de três eixos principais com ligação à Estrada Nacional 10 (EN10) e duas rotundas para "melhor fluidez de tráfego e segurança rodoviária".
A Brisa será a responsável pela obra do novo ramo, enquanto a Câmara de Loures terá a seu cargo a execução das restantes ligações à EN10, conforme explicou à Lusa fonte da empresa concessionária, acrescentando que "disponibilizou os seus serviços de engenharia especializada".
Em declarações à agência Lusa, o presidente da Câmara Municipal de Loures, Ricardo Leão (PS), sublinhou a importância da obra, referindo que "era esperada há décadas" pela população da zona oriental deste concelho do distrito de Lisboa.
"É um momento muito feliz para o concelho de Loures. Foi um processo complexo, mas finalmente conseguimos chegar a este ponto de lançar o concurso público e já não há volta atrás. Estamos a falar de um investimento essencial para a qualidade de vida daquelas pessoas", afirmou o autarca socialista.
Ricardo Leão explicou que a obra tem um custo estimado de cerca de 10 milhões de euros e perspetivou que, "se seguir os trâmites normais", poderá ter início no segundo semestre de 2026 e estar concluída no final de 2027.
Também o presidente da comissão executiva da Brisa, António Pires de Lima, se congratulou com a realização da empreitada, destacando o trabalho em parceria da empresa com as autarquias.
"Este processo desenvolveu-se de uma forma muito construtiva, como acontece em todas ou quase todas as relações que a Brisa tem com as nossas autarquias. É nossa responsabilidade colaborar com os autarcas no sentido de beneficiar as suas populações", sublinhou.
O presidente da comissão executiva da Brisa explicou que, no caso de Loures, o pedido para a construção desta saída foi feita há cerca de dois anos e o projeto mostrou ser "válido do ponto de vista técnico".
"Uma solução que respeite aquilo que é são regulamentos de construção de acessos a uma autoestrada, que esteja em condições de ser aprovado pelo nosso regulador, o Instituto de Mobilidade e Transportes. Foi isso que aconteceu, bem como todos os processos regulatórios que estão incluídos nesta aprovação, que é a aprovação, por exemplo, da APA [Agência Portuguesa do Ambiente]", referiu.
Atualmente, os moradores das localidades da Bobadela e São João da Talha que circulem na A1 têm apenas como opção uma saída em Santa Iria da Azóia.
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