Costa em defesa do Estado social
Líder do PS lança apelo ao movimento comunista.
O líder do PS, António Costa, pediu ontem em Matosinhos aos socialistas para cerrarem fileiras em defesa do Estado social, pois, na sua opinião, o que está em causa nas próximas eleições legislativas "não é apenas uma mera alternância de poder".
O apelo do secretário-geral do PS é extensível "aos que não são do PS e nunca votaram no PS", nomeadamente comunistas, democratas-cristãos e social- -democratas. E explicou: "O Estado social é um património comum da social-democracia europeia, mas também da democracia cristã europeia, do movimento comunista, do movimento operário e de todos aqueles que se filiam na doutrina social da Igreja e, como o papa Francisco recorda, souberam reconstruir a Europa depois da devastação da guerra e sob um valor fundamental, que é o da dignidade da pessoa humana. Para António Costa, esses "estão todos com o PS, porque sabem que é o PS que defende o Estado social".
Para o líder do PS, existe "uma fronteira muito clara entre aqueles que defendem o Estado Social e aqueles que, já sem a troika, o querem destruir, atacando a escola pública, desmembrando o Serviço Nacional de Saúde e privatizando as receitas da Segurança Social".
Costa tem criticado a ideia do Governo de introduzir o plafonamento das contribuições para a Segurança Social, considerando tratar-se da "maior aventura" de sempre para o futuro da sustentabilidade do sistema. Além disso, o candidato a primeiro- -ministro recusa-se a negociar com o Governo a reforma da Segurança Social e a aceitar "qualquer corte de 600 milhões de euros" nas pensões.
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