Costa diz que quando esteve em minoria, na câmara, falhou consensos.
O líder do PS prometeu ontem estabilidade política, fiscal e legislativa num almoço com empresários organizado pela Associação Industrial Portuguesa e pela Confederação Empresarial Portuguesa (CIP). Mas reconheceu que governar em minoria dificulta os acordos.
"Em minoria [no executivo camarário] não consegui acordo nenhum. Em maioria, consegui todos os compromissos", disse António Costa ao falar da sua experiência como presidente na Câmara de Lisboa.
O secretário-geral socialista falou para uma plateia de empresários em defesa de uma concertação estratégica: "Temos de criar condições de estabilidade para os parceiros sociais e agentes económicos, precisamos de novas formas de governação e diálogo político, acabando com esta permanente lógica de confrontação." O discurso agradou aos presentes, mas Costa não escapou à pergunta sobre a descida do IVA na restauração – previsto no programa eleitoral – e incentivos à criação de emprego no setor. Por fim, foi questionado sobre os custos de contexto para as empresas e falou da Justiça, da cível e comercial, onde é necessário um "choque de eficiência". Aí recuperou uma ideia antiga com várias interpretações: "Costumava dizer que o sistema de justiça precisava de um engenheiro de sistemas a dirigir o Ministério de Justiça. Agora, não queria mesmo que alguém interpretasse que ando à procura de um engenheiro de sistemas para ministro da Justiça. Não ando e, portanto, não direi a graça."
A campanha do PS vai continuar centrada no líder socialista, sem mudança de estratégia.Veja o Especial CM sobre as eleições legislativas.
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