Derrota amarga de CDU custa o pódio

Perde o estatuto de terceira força política. Dirigentes comunistas apontam agora para as legislativas de outubro.

27 de maio de 2019 às 01:30
Jerónimo de Sousa votou em Pirescoxe Foto: Lusa
Jerónimo de Sousa votou em Pirescoxe Foto: Lusa

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A CDU sofre uma derrota em toda a linha. Amarga e pesada. É ultrapassada à esquerda pelo Bloco, perde representatividade e o estatuto de terceira força política nacional. Perde em votos e em percentagem, de norte a sul.

A CDU esteve abaixo da fasquia dos 300 mil votos, o que aconteceu pela primeira vez em eleições europeias. Não se pode dizer que tenha sido uma surpresa, pois as sondagens apontavam para esse cenário.

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Quando as primeiras projeções foram conhecidas (20h00), reinou a desilusão no quartel-general dos comunistas. Uma hora depois, João Ferreira comentava as projeções, mas sem reconhecer a derrota.

"Cada resultado deve ser apreciado em função do quadro concreto em que é construído. Este quadro é diferente do de 2014, quando estávamos perante um programa de intervenção da UE e do FMI", referiu o cabeça de lista, na mesma linha do discurso de Jerónimo de Sousa durante a campanha.

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Na discurso de análise aos resultados, o secretário-geral do PCP, de semblante carregado, queixou-se de uma campanha difamatória e só muito a custo assumiu que o resultado era negativo. Jerónimo de Sousa deixou na mesa o caderno de encargos da CDU para as legislativas de outubro.

Sportinguista e biólogo

João Ferreira, 40 anos, o cabeça de lista da CDU, é biólogo. Casado e pai de dois filhos, é do Sporting. Eurodeputado desde 2009, é também vereador na Câmara Municipal de Lisboa e membro do Comité Central do PCP.

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O pior resultado de sempre em sete atos eleitorais

O dirigente comunista Manuel Rodrigues desvalorizou a derrota dizendo que a CDU alcançou pela quarta vez, em sete atos eleitorais, dois eurodeputados. Mas esta foi a pior votação de sempre. No primeiro ato eleitoral, em 1987, a CDU alcançou 11,5% e, dois anos depois, obteve uns históricos 14,40%. O pior resultado até à data tinha sido em 2004, com 9,09%.

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