Direita não larga Azeredo Lopes
PSD acusa ministro da Defesa de ser desastroso.
O polémico relatório sobre o assalto ao armamento em Tancos já fez correr muita tinta, mas tanto o PSD como o CDS não largam o assunto no arranque da última semana de campanha eleitoral para as Autárquicas.
Ontem, o líder social-democrata acusou o ministro da Defesa de gerir de forma "desastrosa e desastrada" todo o processo. Isto depois de o PS ter acusado o PSD da paternidade da divulgação do relatório no ‘Expresso’. Passos ouviu e não gostou, por isso, o vice-presidente da bancada laranja, Sérgio Azevedo, fez defesa dos sociais-democratas. O PSD repudia "insinuações torpes e fantasiosas do Governo e do PS", atirou.
Na véspera, já Assunção Cristas, líder do CDS, tinha dito que se calhar "o ministro não existe", numa alusão ao facto de nenhuma entidade ter assumido a autoria do documento que aponta falhas graves a Azeredo Lopes e fala em hipótese de roubo.
Por tudo isto, o caso tem-se avolumado e o próprio PCP, partido que dá apoio ao Governo no Parlamento, pediu explicações sobre o caso. "Faça-se o apuramento da verdade toda", exigiu ontem Jerónimo de Sousa à margem da tradicional arruada da CDU pela rua de Santa Catarina, no Porto.
O Presidente da República chegou a manifestar preocupação sobre o relatório, mas corrigiu o tiro e disse ter recebido explicações sobre o processo. Logo, deixou de estar preocupado.
Contudo, as associações socioprofissionais de militares lamentaram ontem, em comunicado, o silêncio de Marcelo Rebelo de Sousa, sobre um pedido de audiência em Belém, solicitado em julho. O tema, claro está, era o do assalto ao paiol de Tancos.
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