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Relatório polémico de Tancos aquece debate

Conclusões do documento sobre o assalto às armas põem ministro da Defesa em xeque.

24 de setembro de 2017 às 01:30

Governo e Forças Armadas juram que o relatório dos serviços de informações militares não existe. Ainda assim, as conclusões do documento sobre o assalto às armas em Tancos - e que põem o ministro da Defesa em xeque - marcaram o dia.

O Estado-Maior General das Forças Armadas garante que o seu Centro de Informações e Segurança Militar (CISMIL) não produziu qualquer relatório sobre o assunto". Contudo, quando Azeredo Lopes respondeu ao Parlamento, admitiu a existência de vários inquéritos.

Segundo o 'Expresso', há um documento que diz que o ministro atuou com "ligeireza, quase imprudente" no caso, sendo-lhe apontadas declarações "arriscadas e de intenções duvidosas". O relatório dá ainda como "muito prováveis" três cenários para o roubo: tráfico de armamento em África, em concreto Guiné-Bissau ou Cabo Verde; um assalto promovido por mercenários portugueses contratados por radicais islâmicos ou separatistas da Córsega; ou grupos extremistas islâmicos com células na Península Ibérica.

Segundo apurou o CM, a Unidade Nacional de Contraterrorismo da PJ não recebeu o documento, apesar de ser um dos destinatários, segundo o 'Expresso'.

O Presidente da República voltou a repetir que é necessário "esclarecer se houve ou não atuação criminal". Já Passos Coelho, líder do PSD, foi mais longe, acusando o Governo de "tiques de autoritarismo" por ocultar do Parlamento informações sobre o caso.

António Costa, o primeiro-ministro, garante que o relatório pertence a "nenhum organismo oficial". Catarina Martins, do BE, diz aguardar "esclarecimentos cabais" do Executivo.

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