Edgar Silva critica "oportunismo" de Marcelo
No caso da morte no hospital S. José.
O candidato presidencial Edgar Silva acusou esta segunda-feira o seu opositor Marcelo Rebelo de Sousa de "oportunismo" e de "chorar lágrimas de crocodilo" ao pedir o apuramento de responsabilidades sobre a morte de um jovem no Hospital de S. José.
"Nós não fomos ao [hospital] S. José porque agora ficava bem lançar lágrimas de crocodilo, como quem lá foi agora nesta visita enquanto candidato", afirmou o Edgar Silva, apoiado pelo PCP e pelo PEV, criticando a deslocação feita por Marcelo Rebelo de Sousa.
A visita de Marcelo Rebelo de Sousa [candidato apoiado pelo PSD) ao Hospital de S. José, onde a 14 de dezembro um jovem de 29 anos morreu, alegadamente devido à falta de uma intervenção cirúrgica, foi, para Edgar Silva, "de um oportunismo vergonhoso e obsceno", depois de "tudo ter feito para legitimar as políticas de terrorismo social que estavam a ser impostas ao país", quando foi comentador.
Nas Caldas da Rainha, onde esta segunda-feira visitou a Associação dos Bombeiros Voluntários, o candidato apoiado pelo PCP e pelo PEV, criticou a posição assumida por Marcelo Rebelo de Sousa ao exigir o apuramento de responsabilidades sobre aquela morte, "como se não fosse o mesmo" que nos seus comentários semanais "foi um permanente defensor" do anterior ministro da Saúde, Paulo Macedo, que "elogiou como o mais competente, o mais capaz dos ministros".
Políticas de terrorismo social
Depois de dois meses de visitas a hospitais, serviços de saúde e as corporações de bombeiros "de norte a sul do país, o que se vê é o resultado dessas políticas de terrorismo social que estão a fazer vítimas, a gerar morte", sublinhou Edgar Silva apontando como "responsáveis todos aqueles que estiveram ligados às políticas concretizadas por Passos Coelho e Paulo Portas".
Depois de ouvir as críticas da corporação dos bombeiros das Caldas da Rainha em relação legislação e às dificuldades dos bombeiros na prestação de cuidados, o candidato apoiado pelo PCP e pelo PEV afirmou-se disponível para "combater rapidamente" esta situação, sustentando que só haverá um "tempo novo" se existirem "medidas políticas que sejam de viragem, de rutura, de inversão".
Questionado pela agência Lusa sobre o facto de ser o candidato presidencial que mais despesas de campanha tem previstas, com um total de despesas de 750 mil euros, Edgar Silva, disse tratar-se apenas de "uma estimativa" sublinhando que não quer dizer que esses valores venham a ser atingidos.
"Logo veremos, no final, qual vai ser o valor efetivamente assumido no âmbito da candidatura, mas tínhamos que ter um orçamento e portanto é essa a estimativa".
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