Estado toma conta do controlo do SIRESP

Entrada no capital do sistema de comunicações envolve verba de 2,6 milhões de euros. Parvalorem fica com 42,55% do capital.

20 de julho de 2018 às 01:30
Carrinha do sistema de comunicações SIRESP Foto: Carlos Manuel Martins
Antena, SIRESP, Torre, GNR Foto: CMTV
Posto de comando e comunicações de emergência Foto: CMTV
Base móvel do SIRESP é uma carrinha Foto: Carlos Manuel Martins

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O Estado vai investir quase 2,6 milhões de euros para controlar o SIRESP, sistema de comunicações utilizado por bombeiros e forças de segurança que tem registado falhas nos incêndios. A operação será concretizada em duas semanas através da Parvalorem, empresa pública que herdou os ativos tóxicos do BPN.

Na quarta-feira, os acionistas do SIRESP aprovaram em assembleia geral a transação que permitirá ao Estado ficar com 42,55% do capital do SIRESP. Os acionistas do SIRESP têm 15 dias para exercer o direito de preferência na compra das posições da Galilei (ex-Sociedade Lusa de Negócios - SLN, dona do BPN) e da Datacomp, respetivamente de 33% e 9,55%. PT Ventures e Motorola, segundo e terceiro maiores acionistas, podem exercer o direito de preferência, mas, sabe o CM, isso não deverá acontecer.

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Findo o prazo, a Parvalorem avançará com a operação de compra das posições da Galilei e da Datacomp. Sendo o maior devedor da Parvalorem, devido à dívida de 1,2 mil milhões de euros da antiga SLN ao BPN, a Galilei passará a posição à Parvalorem através da redução em 1,8 milhões da dívida a esta. A posição da Datacomp será adquirida por 760 mil euros. O SIRESP, que funciona em regime de Parceria Público Privada (PPP), vai custar ao Estado mais de 567 milhões de euros entre 2007 e 2021 (ver gráfico). Até 2021, o Estado terá de pagar ainda 109 milhões de euros.

Contactada pelo CM, a Parvalorem remeteu explicações para o Ministério das Finanças. Este não fez comentários.

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