Governo português diz que decisão de Trump sobre Israel é contraproducente

Ministro dos Negócios Estrangeiros receia que medida traga escala da violência no Médio Oriente.

06 de dezembro de 2017 às 09:43
Augusto Santos Silva Foto: Getty Images
Augusto santos silva, mne, ministro, negócios estrangeiros Foto: Miguel A. Lopes/Lusa
Donald Trump Foto: CMTV

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O ministro dos Negócios Estrangeiros disse esta quarta-feira esperar que o reconhecimento pelos EUA de Jerusalém como capital de Israel não "desperte uma escala da violência", salientando que a solução para o conflito passa pela "coexistência" entre Israel e a Palestina. O ministro qualificou como "contraproducente" e "prematura" a decisão de Donald Trump.

"Portugal entende que a solução dos dois Estados, o Estado de Israel e o da Palestina coexistindo lado a lado é a única solução capaz de ultrapassar o presente conflito israelo-palestiniano", disse à agência Lusa o ministro dos Negócios Estrangeiros (MNE).

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De acordo com Augusto Santos Silva, todos os que querem contribuir para uma solução dos dois Estados para ultrapassar a questão israelo-palestiniana deveriam abster-se de tomar decisões que apenas vão afastar uma solução para o conflito.

"Por isso, não podemos acompanhar a decisão norte-americana de transferir a sua representação diplomática para Jerusalém. A nossa representação diplomática está em Telavive e temos outra em Ramallah, na Palestina, e entendemos que o estatuto futuro da cidade de Jerusalém é um dos temas a ser discutido e resolvido no quadro mais geral de solução para o conflito israelo-palestiniano", salientou.

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O Presidente dos Estados Unidos vai reconhecer esta quarta-feira Jerusalém como capital de Israel, para onde vai transferir a embaixada, atualmente em Telavive, disseram responsáveis da administração norte-americana, citados pelas agências noticiosas internacionais.

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