Governo prolonga situação de alerta até dia 13

Decisão foi anunciada após a reunião do Conselho de Ministros.

07 de agosto de 2025 às 15:26
Ministro da Presidência, António Leitão Amaro Foto: Manuel de Almeida/Lusa
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O Governo decidiu, esta quinta-feira, prolongar a Situação de Alerta até às 23h59 da próxima quarta-feira, dia 13 de agosto. A decisão foi anunciada pelos ministros da Presidência e da Administração Interna, após a reunião do Conselho de Ministros, durante a conferência de imprensa.

“Decidimos renovar a Situação de Alerta até 13 de agosto”, declarou a ministra  da Administração Interna, Maria Lúcia Amaral, acrescentando que vigorará nos mesmos termos da declaração que entrou em vigor no passado sábado e que terminaria esta quinta-feira.

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A ministra explicou que a decisão foi tomada porque “a vigência da situação de alerta contribuiu para uma redução do número de ignições” e porque se “prevê, mais uma vez, um agravamento das situações climatéricas para os próximos dias”.

A situação de alerta foi declarada pelo Governo, pela primeira vez este ano, no passado sábado e a tutela mantém agora as proibições determinadas na semana passada. "Continuam a vigorar as mesmas proibições existentes quanto a atividades agrícolas e recreativas em meios rurais", acrescentou Maria Lúcia Amaral.

Entre as medidas em vigor está a proibição de acesso, circulação e permanência no interior dos espaços florestais, de acordo com os planos municipais de defesa da floresta contra incêndios, bem como a realização de queimas e queimadas, ficando igualmente suspensas as autorizações emitidas para esse período.

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A situação de alerta implica também a proibição de realização de trabalhos nos espaços florestais e rurais com o recurso a maquinaria e o uso de fogo de artifício e outros artefactos pirotécnicos. Neste caso, também as autorizações já emitidas ficam suspensas.

Quanto aos meios disponíveis para combate a incêndios, Maria Lúcia Amaral explicou que "o dispositivo de combate a incêndios continua mobilizado e posicionado com a exigência seguida até hoje" e que "serão mantidos, em iguais termos, os meios de vigilância e combate com milhares de operacionais humanos, com viaturas, com meios aéreos e com drones".

Tal como já tinha sido anunciado esta quarta-feira pelo ministro da Defesa Nacional, Maria Lúcia Amaral fez referência à compra de dois 'kits' de combate a incêndios, que serão instalados em aeronaves C-130 da Força Aérea, num custo que ronda os 16 milhões de euros.

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Ainda sobre o mesmo tema, o ministro da Presidência, António Leitão Amaro, explicou que a composição do dispositivo de combate a incêndios é aprovada pelo Governo no ano anterior à época de incêndios e que tem como base as propostas dos técnicos.

"Uma época de incêndios prepara-se antes e foi isso que fizemos", referiu António Leitão Amaro, acrescentando que no ano passado, na altura em que estavam a ser decididos os meios para 2025, ficou o compromisso de que, "no futuro, se devia evoluir para uma maior proporção de meios próprios com recurso à Força Aérea, em substituição da contratação ou em reforço da contração".

Dados provisórios do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) dão conta que até hoje deflagraram 5.373 incêndios rurais que provocaram 42.169 hectares de área ardida, sendo a maioria mato e floresta.

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A maioria dos fogos e da área ardida registou-se a partir de 26 de julho.

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