Inês Sousa Real acusa Chega de "mentir" sobre dados de violação. André Ventura defende que "violador deve ser castrado"

Este foi o segundo debate televisivo de uma série de 27 frente-a-frente entre as forças políticas.

07 de abril de 2025 às 22:12
André Ventura e Inês Sousa Real
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Inês Sousa Real, líder do PAN, pediu, esta segunda-feira, ao "Chega para parar de mentir" sobre dados sobre violência doméstica. Já André Ventura acusou o PAN de não votar a favor da castração química de violadores e de medidas contra a violação. 

Os líderes parlamentares do Chega, André Ventura, e do PAN, Inês Sousa Real, estiveram frente-a-frente num debate para as eleições legislativas marcadas para dia 18 de maio. O debate entre os dois deputados foi transmitido na RTP3.

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"Fazer um acordo com uma pessoa que insiste em não dar explicações? Então que democracia é que temos? [...] Enquanto não houver clareza e transparência [da parte de Luís Montenegro], nunca será nunca", afirmou o líder do Chega.

Os cenários de governabilidade foram um dos temas abordados no debate entre o presidente do Chega, André Ventura, e a porta-voz do PAN, Inês de Sousa Real, que ficou marcado pelas críticas e acusações trocadas entre os dois.

A deputada única do partido Pessoas-Animais-Natureza afirmou que quem andou "atrás de Luís Montenegro para fazer Governo, e quase a pedir de joelhos, foi o Chega".

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Durante o debate, o presidente do Chega acusou o PAN de ser "muleta do PS e do PSD" e de ter "sustentado a corrupção de Miguel Albuquerque na Madeira".

Por seu turno, Inês de Sousa Real salientou que o PAN "tem sido uma força política que de forma construtiva tem sabido dialogar" e ver propostas aprovadas.

A porta-voz considerou que o Chega faz "política tóxica" e repudiou o comportamento dos deputados do partido, afirmando que "chamam nomes, interrompem constantemente", comentam o corpo das deputadas e até imitam "mugidos de vaca".

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"Nunca ouvi uma palavra de pedido de desculpa de André Ventura", disse, classificando a conduta dos eleitos do Chega como "absolutamente intolerável".

A líder do PAN acusou também os dirigentes do Chega de serem "negacionistas das alterações climáticas" e de "mentirem ao país".

Na resposta, o presidente do Chega alegou que foi "o deputado mais ofendido na história parlamentar" e pediu a Sousa Real que parasse com "a vitimização".

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"O PAN é um partido contra o progresso" além de "radical e ideologicamente vazio", criticou André Ventura, acusando também esta força política de querer contribuir, juntamente com outros partidos, para a "invasão de imigrantes e bandalheira".

Poucas foram as vezes em que os dois líderes concordaram neste frente a frente, tendo acontecido na defesa de que a violação seja considerada crime público, sem possibilidade de pena suspensa, e na crítica ao abate de animais segundo normas religiosas.

Inês de Sousa Real e André Ventura manifestaram posições contrárias em temas como segurança, imigração ou o preço dos combustíveis.

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Este foi o segundo debate televisivo de uma série de 27 frente-a-frente entre as forças políticas com representação parlamentar que terminará três semanas depois, a 28 de abril.

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