Inês Sousa Real ataca Mariana Mortágua, critica oposição interna e junta bombeiros aos protestos dos polícias
Líder do PAN disse, em entrevista à CMTV, que não há falta de verbas para implementar medidas, mas que o dinheiro se perde com corrupção.
A líder do partido Pessoas-Animais-Natureza (PAN) foi a quarta convidada da CMTV numa série de entrevistas aos principais líderes partidários no âmbito das eleições legislativas de 10 de março.
Inês Sousa Real começou a entrevista por condenar a intenção de Luís Montenegro em não participar em debates com o Livre e a CDU. "Não é um tratamento adequado, devemos respeitar os opositores."
A deputada abordou os comentários recentes do ex-deputado do PAN, André Silva, que acusou o partido de ter perdido "a coluna vertebral". "Não me revejo no comentário. Lamento. Há uma memória muito curta", acrescenta a líder do PAN.
Inês Sousa Real aponta como mérito o trabalho do PAN na coligação na Madeira e acusa André Silva de não ter feito melhor trabalho quando chefiava o partido.
Líder do PAN enaltece trabalho feito na Madeira
Inês Sousa Real destacou que, na Madeira, o PAN mostrou que "é possível quebrar a maioria de Miguel Albuquerque". A deputada lembrou que o partido tinha várias medidas no orçamento regional.
A política voltou a referir que o PAN, no Parlamento, foi o partido que apresentou mais medidas.
Inês Sousa Real responde ao Bloco de Esquerda
Inês Sousa Real defendeu o partido e o seu trabalho, face às duras críticas de Mariana Mortágua, que disse que o PAN na Madeira e nos Açores era um exemplo de "fraude política", e que os atentados ambientais na Madeira têm agora assinatura do partido.
"Não me cumpre zangar com membros de outros partidos. Quem estendeu a passadeira à extrema-direita foi o Bloco de Esquerda", respondeu.
Inês Sousa Real fez ainda uma distinção entre a Aliança Democrática e o PSD.
"Falar do PSD não é o mesmo que falar da AD. O PSD tem-se aproximado da extrema-direita", lembrou, ao traçar linhas para uma eventual coligação, antes de criticar o líder do PPM, Gonçalo da Câmara Pereira.
Inês Sousa Real apontou também várias falhas, tanto na Saúde, como na Educação. "Se as pessoas querem ver as suas causas representadas não é a votar no PS ou PSD", atirou.
Líder do PAN junta bombeiros às reivindicações dos polícias
Além dos polícias em protesto, Inês Sousa Real defendeu que também os bombeiros devem receber o subsídio de risco. "Se é justo que a PJ receba, também os bombeiros devem receber", justificou.
A líder do PAN alegou que o problema não é "falta de dinheiro", mas a canalização do mesmo, que se tem perdido, segundo a própria, com a corrupção.
"São precisos mais meios para a prevenção da criminalidade", reforçou.
A porta-voz do PAN lembrou ainda os protestos dos agricultores e defendeu que não é a causa ambiental que está a afetar as verbas da agricultura.
"Não é a matéria ambiental que está a pôr em causa o dinheiro que pode chegar à agricultura, é a falta de visão da ministra da Agricultura."
Entrevistas continuam na CMTV
O primeiro a ser entrevistado foi Paulo Raimundo, do PCP, que, entre outras propostas, na segunda-feira, defendeu a redução das taxas e comissões cobradas pelos bancos.Já Rui Tavares, do Livre, na terça-feira, esclareceu que para Portugal seria "melhor uma maioria plural à esquerda".Na quarta-feira, Pedro Nuno Santos, do PS, foi taxativo a dizer que "é mau para a democracia ter o PS e o PSD comprometidos com a mesma governação".As entrevistas prosseguem na sexta-feira, com a líder do Bloco de Esquerda, Mariana Mortágua. Rui Rocha (Iniciativa Liberal), no domingo, e André Ventura (Chega) encerram os debates.A data para a entrevista a Luís Montenegro (Aliança Democrática) ainda está por definir.
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