"Elegeram uma mulher que gagueja, negra que foi útil para a subvenção", grita Joacine

Deputada do Livre afirma que esteve "obcecada" com o seu trabalho na Assembleia.

18 de janeiro de 2020 às 12:50
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Joacine Katar Moreira afirmou este sábado no Congresso do Livre que todas as afirmações sobre não ter ouvido as pessoas, não ter sido leal ao partido ou desrespeitar o que foi decidido são mentira. 

"Isto é inadmissível, isto é mentira, tenham vergonha, mentira absoluta!", disse de forma exaltada a deputada, batendo no púlpito onde subiu para reagir às considerações contidas na resolução da 42.ª Assembleia do partido.

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Visivelmente exaltada Joacine pergunta: "Como é que ousam afirmar que eu não ouvi as pessoas? Que eu não fui leal ao partido? Que eu desrespeitei o que foi decidido? Isto é uma perseguição absoluta". 

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A parlamentar afirmou que "há palavras que valem mais do que outras" e acrescentou que são os membros do partido que irão votar e decidir quanto à retirada da confiança política.

"Isto é uma perseguição absoluta. Decidam! Isto é inadmissível. Eu não fiz nada de errado ainda - ainda porque sou humana", salientou, acrescentando que considera esta situação "ilegal". "Vocês não sabem da missa a metade, fazem uma análise olhando para o mediatismo e com ódio para me tentarem afastar", afirmou.

Joacine afirmou que esteve "obcecada" pelo seu trabalho na Assembleia da República e referiu que lhe foram feitas várias sugestões por parte de membros do partido. 

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"Elegeram uma mulher que gagueja, uma mulher negra que foi útil para a subvenção", gritou.

A deputada reiterou que não irá renunciar ao seu mandato "para que as pessoas não se sintam defraudadas" e para "não deixar órfãos" aqueles que a elegeram em outubro.

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