Joana Marques Vidal, a filha de um juiz que se tornou a primeira mulher procuradora-geral da República

Formou-se na Faculdade de Direito da Clássica de Lisboa e sucedeu a 18 homens na magistratura.

09 de julho de 2024 às 16:15
Joana Marques Vidal Foto: João Miguel Rodrigues
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Maria Joana Raposo Marques Vidal nasceu quase 'bebé' do ano, a 31/12/1955, em Coimbra, numa família já com forte ligação ao mundo da justiça.

Era a filha primogénita do juiz jubilado José Marques Vidal - que foi também diretor da PJ - e irmã do procurador do caso 'Face Oculta'. 

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Respeitando os pergaminhos da família, iniciou os estudos superiores na Faculdade de Direito, da Clássica de Lisboa, onde viveu no meio de contestação e debate.

Iniciou o caminho no Ministério Público com um pré-estágio em Penela, seguindo-se Coimbra, Vila Viçosa, Seixal e Cascais.

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Enquanto Magistrada do Ministério Público de Cascais tornou-se na primeira presidente da Comissão de Proteção de Menores de Cascais. Estreou-se na comissão de Cascais, onde antes eclipsara o processo de pedofilia Casa Pia.

Joana Marques Vidal foi eleita para o Conselho Superior do Ministério Público, como vogal, cargo que desempenou durante dois anos.

Ocupou o cargo de Presidente da Direção da APAV de janeiro de 2007 a outubro de 2012.

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Em outubro de 2012 foi nomeada procuradora-geral da República pelo então Presidente da República Aníbal Cavaco Silva. Um escolha histórica uma vez que nunca nenhuma mulher tinha desempenhado estas funções.

Antes de Joana Marques Vidal, o posto tinha sido ocupado por 18 homens.

Abandonou este cargo em 2018, no mesmo ano em que foi agraciada pelo Presidente da República Portuguesa Marcelo Rebelo de Sousa com a Grã-Cruz da Ordem Militar de Cristo. Morreu esta terça-feira, com 68 anos, no Hospital São João, no Porto.

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