Tinha 68 anos.
Morreu Joana Marques Vidal, ex-procuradora-geral da República
A ex-procuradora-geral da República, Joana Marques Vidal, morreu esta terça-feira aos 68 anos, no Hospital de São João, no Porto, onde estava há várias semanas em coma.
A ex-procuradora esteve em coma induzido devido a uma operação por um cancro e acabou por sofrer uma septicemia.
Em 2018, Marcelo Rebelo de Sousa condecorou a antiga PGR com a Grã-Cruz da Ordem Militar de Cristo. Na cerimónia estiveram presentes Eduardo Ferro Rodrigues e António Costa.
De acordo com a fonte familiar, o velório de Joana Marques Vidal será realizado a partir das 14h00 de quarta-feira na aldeia de Pedaçães, concelho de Águeda, distrito de Aveiro.
Joana Marques Vidal foi a primeira mulher a liderar a Procuradoria-Geral da República, entre 2012 e 2018, sendo sucedida no cargo por Lucília Gago.
Foi nomeada para a PGR em outubro de 2012 pelo então Presidente da República Cavaco Silva, ocupando o cargo detido até então por Pinto Monteiro.
Natural de Coimbra, onde nasceu em 1955, Joana Marques Vidal licenciou-se em Direito em 1978 e entrou no ano seguinte para a magistratura do Ministério Público.
Quarta-feira será realizado pelas 14h00 o velório, na Capela de São Lourenço, em Pedaçães, em Águeda e na quinta-feira serão realizadas, pela mesma hora, as cerimónias fúnebres, no crematório de Aveiro.
A Câmara de Águeda decretou dois dias de luto municipal, na quarta e na quinta-feira.
Reações
ReaçõesO Presidente da República já reagiu à morte da ex-procuradora-geral da República.
"Joana Marques Vidal desempenhou um relevante papel na sociedade portuguesa, como jurista ilustre, magistrada com profundas preocupações sociais e funções de liderança, nomeadamente enquanto Procuradora-Geral da República."
Também a ministra da Justiça, Rita Júdice, lamentou a morte da antiga Procuradora-Geral da República, manifestando "profundo respeito" pela perda daquela "magistrada notável".
O ministro dos Assuntos Parlamentares, Pedro Duarte, lamentou igualmente, esta terça-feira, a morte da ex-procuradora-geral da República. "Lamento profundamente o falecimento da Magistrada Joana Marques Vidal, antiga Procuradora-Geral da República. A sua dedicação e integridade foram exemplares na busca pela justiça no nosso país", refere.Procuradoria-Geral da República, a Procuradoria-Geral da República e o Conselho Superior do Ministério Público também manifestaram o sue pesar pela morte de Joana Marques Vidal, manifestando um "profundo pesar".
"A firmeza com que Joana Marques Vidal exerceu o seu mandato, dando uma nova dinâmica à investigação criminal, e a maneira equilibrada como geriu casos de elevada complexidade, impressionaram-me muito.
O vice-presidente do Conselho Superior da Magistratura também assumiu "com choque" a morte da ex-procuradora-geral da República. "Foi um choque. Tinha uma grande admiração pela Dra. Joana Marques Vidal. Além de ser uma mulher extraordinária, foi também uma grande magistrada".A procuradora-geral adjunta jubilada Maria José Morgado manifestou esta terça-feira "profundo pesar" pela morte de Joana Marques Vidal, a quem atribui "um legado inestimável" no Ministério Público (MP) e "avanços inéditos" no combate à corrupção.
"É com profundo pesar que tomei conhecimento da notícia. Deixa um legado inestimável ao Ministério Público, de combatividade, dignidade, capacidade de liderança", disse Maria José Morgado à Lusa, em reação à morte da antiga procuradora-geral da República (PGR) Joana Marques Vidal, que hoje morreu, no Porto, aos 68 anos.
O primeiro-ministro, Luís Montenegro, também manifestou esta terça-feira o seu pesar, que recordou como "magistrada notável" e destacou "o rigor e imparcialidade" como que exerceu o cargo de procuradora-geral da República.
O presidente do parlamento, José Pedro Aguiar-Branco, salienta o percurso profissional e cívico notáveis que o país agradece de Joana Marques Vidal. "O presidente da Assembleia da República lamenta a morte de Joana Marques Vidal".
O presidente de Águeda, Jorge Almeida, manifestou a sua mais profunda consternação pela morte de Joana Marques Vidal, lamentando a perda desta "figura ímpar da nossa sociedade e uma magistrada de grande relevância, que ficará para sempre ligada ao Ministério Público, à sua história e legado".
Jorge Almeida destacou ainda as qualidades humanas e dinamismo, jurídico e social da ex-Procuradora-Geral da República, bem como a sua "notável trajetória como jurista, dedicando a sua vida à causa pública e ao desenvolvimento da comunidade".
A bastonária dos advogados, Fernanda de Almeida Pinheiro, manifestou esta terça-feira "profunda consternação" pela morte de Joana Marques Vidal, afirmando que "exerceu brilhantemente as suas funções" de Procuradora-Geral da República (PGR) e que foi uma "enorme servidora da Justiça".
Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?
Envie para geral@cmjornal.pt
o que achou desta notícia?
concordam consigo
A redação do CM irá fazer uma avaliação e remover o comentário caso não respeite as Regras desta Comunidade.
O seu comentário contem palavras ou expressões que não cumprem as regras definidas para este espaço. Por favor reescreva o seu comentário.
O CM relembra a proibição de comentários de cariz obsceno, ofensivo, difamatório gerador de responsabilidade civil ou de comentários com conteúdo comercial.
O Correio da Manhã incentiva todos os Leitores a interagirem através de comentários às notícias publicadas no seu site, de uma maneira respeitadora com o cumprimento dos princípios legais e constitucionais. Assim são totalmente ilegítimos comentários de cariz ofensivo e indevidos/inadequados. Promovemos o pluralismo, a ética, a independência, a liberdade, a democracia, a coragem, a inquietude e a proximidade.
Ao comentar, o Leitor está a declarar que é o único e exclusivo titular dos direitos associados a esse conteúdo, e como tal é o único e exclusivo responsável por esses mesmos conteúdos, e que autoriza expressamente o Correio da Manhã a difundir o referido conteúdo, para todos e em quaisquer suportes ou formatos actualmente existentes ou que venham a existir.
O propósito da Política de Comentários do Correio da Manhã é apoiar o leitor, oferecendo uma plataforma de debate, seguindo as seguintes regras:
Recomendações:
- Os comentários não são uma carta. Não devem ser utilizadas cortesias nem agradecimentos;
Sanções:
- Se algum leitor não respeitar as regras referidas anteriormente (pontos 1 a 11), está automaticamente sujeito às seguintes sanções:
- O Correio da Manhã tem o direito de bloquear ou remover a conta de qualquer utilizador, ou qualquer comentário, a seu exclusivo critério, sempre que este viole, de algum modo, as regras previstas na presente Política de Comentários do Correio da Manhã, a Lei, a Constituição da República Portuguesa, ou que destabilize a comunidade;
- A existência de uma assinatura não justifica nem serve de fundamento para a quebra de alguma regra prevista na presente Política de Comentários do Correio da Manhã, da Lei ou da Constituição da República Portuguesa, seguindo a sanção referida no ponto anterior;
- O Correio da Manhã reserva-se na disponibilidade de monitorizar ou pré-visualizar os comentários antes de serem publicados.
Se surgir alguma dúvida não hesite a contactar-nos internetgeral@medialivre.pt ou para 210 494 000
O Correio da Manhã oferece nos seus artigos um espaço de comentário, que considera essencial para reflexão, debate e livre veiculação de opiniões e ideias e apela aos Leitores que sigam as regras básicas de uma convivência sã e de respeito pelos outros, promovendo um ambiente de respeito e fair-play.
Só após a atenta leitura das regras abaixo e posterior aceitação expressa será possível efectuar comentários às notícias publicados no Correio da Manhã.
A possibilidade de efetuar comentários neste espaço está limitada a Leitores registados e Leitores assinantes do Correio da Manhã Premium (“Leitor”).
Ao comentar, o Leitor está a declarar que é o único e exclusivo titular dos direitos associados a esse conteúdo, e como tal é o único e exclusivo responsável por esses mesmos conteúdos, e que autoriza o Correio da Manhã a difundir o referido conteúdo, para todos e em quaisquer suportes disponíveis.
O Leitor permanecerá o proprietário dos conteúdos que submeta ao Correio da Manhã e ao enviar tais conteúdos concede ao Correio da Manhã uma licença, gratuita, irrevogável, transmissível, exclusiva e perpétua para a utilização dos referidos conteúdos, em qualquer suporte ou formato atualmente existente no mercado ou que venha a surgir.
O Leitor obriga-se a garantir que os conteúdos que submete nos espaços de comentários do Correio da Manhã não são obscenos, ofensivos ou geradores de responsabilidade civil ou criminal e não violam o direito de propriedade intelectual de terceiros. O Leitor compromete-se, nomeadamente, a não utilizar os espaços de comentários do Correio da Manhã para: (i) fins comerciais, nomeadamente, difundindo mensagens publicitárias nos comentários ou em outros espaços, fora daqueles especificamente destinados à publicidade contratada nos termos adequados; (ii) difundir conteúdos de ódio, racismo, xenofobia ou discriminação ou que, de um modo geral, incentivem a violência ou a prática de atos ilícitos; (iii) difundir conteúdos que, de forma direta ou indireta, explícita ou implícita, tenham como objetivo, finalidade, resultado, consequência ou intenção, humilhar, denegrir ou atingir o bom-nome e reputação de terceiros.
O Leitor reconhece expressamente que é exclusivamente responsável pelo pagamento de quaisquer coimas, custas, encargos, multas, penalizações, indemnizações ou outros montantes que advenham da publicação dos seus comentários nos espaços de comentários do Correio da Manhã.
O Leitor reconhece que o Correio da Manhã não está obrigado a monitorizar, editar ou pré-visualizar os conteúdos ou comentários que são partilhados pelos Leitores nos seus espaços de comentário. No entanto, a redação do Correio da Manhã, reserva-se o direito de fazer uma pré-avaliação e não publicar comentários que não respeitem as presentes Regras.
Todos os comentários ou conteúdos que venham a ser partilhados pelo Leitor nos espaços de comentários do Correio da Manhã constituem a opinião exclusiva e única do seu autor, que só a este vincula e não refletem a opinião ou posição do Correio da Manhã ou de terceiros. O facto de um conteúdo ter sido difundido por um Leitor nos espaços de comentários do Correio da Manhã não pressupõe, de forma direta ou indireta, explícita ou implícita, que o Correio da Manhã teve qualquer conhecimento prévio do mesmo e muito menos que concorde, valide ou suporte o seu conteúdo.
ComportamentoO Correio da Manhã pode, em caso de violação das presentes Regras, suspender por tempo determinado, indeterminado ou mesmo proibir permanentemente a possibilidade de comentar, independentemente de ser assinante do Correio da Manhã Premium ou da sua classificação.
O Correio da Manhã reserva-se ao direito de apagar de imediato e sem qualquer aviso ou notificação prévia os comentários dos Leitores que não cumpram estas regras.
O Correio da Manhã ocultará de forma automática todos os comentários uma semana após a publicação dos mesmos.
Para usar esta funcionalidade deverá efetuar login.
Caso não esteja registado no site do Correio da Manhã, efetue o seu registo gratuito.
Escrever um comentário no CM é um convite ao respeito mútuo e à civilidade. Nunca censuramos posições políticas, mas somos inflexiveis com quaisquer agressões. Conheça as
Inicie sessão ou registe-se para comentar.