Jorge Pinto diz querer ser um "contrapeso democrático" e rejeita revisão da Constituição apenas a um lado do espetro político

Jorge Pinto, candidato presidencial, deu uma entrevista à CMTV na noite deste sábado. O Candidato presidencial apoiado pelo partido Livre começou por afirmar querer "marcar a agenda". "Aquilo que me motiva nesta campanha é dizer que precisamos de um Presidente da República com firmeza e coragem", para os próximos tempos de "muita incerteza", tanto a nível nacional como internacional.

Questionado sobre a divulgação da lista de clientes por Marques Mendes, Jorge Pinto refere serem "serviços mínimos", devendo o próximo Presidente da República ser "absolutamente transparente".

Já sobre a visita do primeiro-ministro Luís Montenegro a Kiev, Jorge Pinto aponta ser "importante" a presença de Portugal-. "Acredito mesmo que a Defesa da Europa se está a jogar na Ucrânia", referiu o candidato. No que toca ao tema do envio de tropas portugueses para a frente de combate, o candidato afirma apresentar-se como um "pacifista" e diz não falar "de maneira leve sobre o envio de soldados portugueses para missões de guerra".

Quanto a uma possível revisão Constitucional, tema que tem marcado os debates na corrida à Belém, Jorge Pinto disse recusar a "revisão da Constituição apenas a um lado do espetro político", o que representaria uma "golpada" aos portugueses. "Não acho que seja saudável", apontou. Sobre o pacote laboral, o candidato apoiado pelo Livre refere que as mais de 100 propostas de alteração "são para piorar as condições dos trabalhadores e famílias". 

Jorge Pinto reforçou ainda a importância de serem resolvidos os problemas com "os acessos aos cuidados de saúde". O candidato abordou ainda os tempos de espera na Justiça, que apelidou de "insustentáveis".