José Sócrates defende Pinho no caso da EDP
Ex-governante ataca atuação do Ministério Público para com o seu antigo ministro da Economia.
José Sócrates defende o seu antigo ministro da Economia, Manuel Pinho, agora arguido no caso das rendas EDP, criticando a atuação do Ministério Público tanto no caso da elétrica como no inquérito sobre as viagens pagas pela Galp a membros do Governo entretanto exonerados.
Para Sócrates, o Ministério Público teve anos para investigar e apenas no limite do prazo de prescrição decidiu transformar algumas pessoas em "suspeitas", acusando a magistratura de agir com "motivação política".
O principal visado da Operação Marquês recusa ainda que o ex-presidente do BES, Ricardo Salgado, tenha indicado Manuel Pinho para o cargo de ministro da Economia. Posição assumida depois de José Maria Ricciardi ter denunciado as ligações do líder do banco com o governo do ex-primeiro-ministro. "É uma mentira, que não resista à verdade.
Manuel Pinho já colaborava com o PS desde os tempos da liderança de Ferro Rodrigues. Já era um dos economistas que mais se destacava". No domingo, num almoço em Lisboa, Sócrates, investigado por corrupção, fraude e branqueamento de capitais, voltou a qualificar como "criminosa" a atuação do Ministério Público, por causa das fugas de informação.
O ex-primeiro-ministro critica ainda o Ministério Público no caso Galp. Novamente à defesa, Sócrates questiona se os antigos governantes, por terem aceitado o convite, são "suspeitos de excesso de patriotismo".
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