"Lutador a promover causas": Marcelo Rebelo de Sousa despede-se de Francisco Pinto Balsemão no Mosteiro dos Jerónimos
Presidente da República recorda Pinto Balsemão como alguém que "nunca foi uma ilha" e que sempre "se quis realizar", "pelos outros e com os outros". Cerimónia decorreu no Mosteiro dos Jerónimos.
"Ninguém é uma ilha no mundo": foi assim que o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, iniciou o discurso na cerimónia fúnebre de Francisco Pinto Balsemão, que teve início pelas 13h00 desta quinta-feira, no Mosteiro dos Jerónimos. A missa foi celebrada pelo cardeal patriarca emérito de Lisboa, Manuel Clemente. Marcelo referiu-se a Pinto Balsemão como um "visionário, a fazer pelos outros e com os outros", referiu no início do discurso.
"Lutador a promover causas, da próxima mais próxima, à nacional mais nacional, à europeia mais europeia, à universal mais universal, a nunca desistir", prosseguiu o Presidente da República, numa missa também presidida pelo primeiro-ministro, Luís Montenegro, assim como o ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel.
"Otimista" e a "acreditar sempre no amanhã [..] até ao limite do impossível", continuou Marcelo, enquanto recordava o percurso de vida do fundador do Expresso e da SIC. "Foi assim mais de seis décadas num Portugal fechado, tal como num Portugal que ajudou a abrir para a liberdade e democracia".
"Os seus passos mudavam [Portugal] e mudaram a vida dos outros, a vida de todos nós. Nunca foi uma ilha, sempre quis realizar-se, pelos outros, e com os outros", concluiu o Presidente da República.
À saída da cerimónia, o primeiro-ministro, Luís Montenegro, referiu-se a Francisco Pinto Balsemão como "o militante número 1 do PSD", algo de que o partido terá "sempre orgulho". Montenegro realçou ainda o "contributo que Balsemão deu à nossa democracia, à nossa vida em sociedade e ao nosso futuro".
Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?
Envie para geral@cmjornal.pt