page view

"Nunca será uma mera nota de rodapé na história": Francisco Pedro Balsemão homenageia o pai

Francisco Pinto Balsemão morreu esta quarta-feira aos 88 anos de causas naturais.

23 de outubro de 2025 às 14:35

O último adeus a Francisco Pinto Balsemão decorreu esta quinta-feira durante a missa do funeral no Mosteiro dos Jerónimos do político e jornalista que marcou Portugal.

Durante as cerimónias fúnebres, que contou com o discurso do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, com a presença de figuras do Governo e do PSD como o primeiro-ministro Luís Montenegro, o Ministro dos negócios estrangeiros, Paulo Rangel e o ex-Presidente Aníbal Cavaco Silva, o seu filho e CEO do grupo Impresa, Francisco Pedro Balsemão, homenageou o legado deixado.

"Diz-se às crianças que o primeiro herói é o pai, em nome da minha família, não tenho dúvidas que o nosso pai, avô, sogro e marido, Francisco Pinto Balsemão é e foi o nosso herói", disse no início do seu discurso.

Apesar de ter sido "um pai e marido por vezes ausente, estamos hoje a sofrer tanto porque ele fez por nós muito mais do que o que ficou por fazer", acrescentou.

Entre histórias e anedotas, Francisco Pedro Balsemão partilhou os valores incutidos pelo seu pai às várias gerações, para filho, netos e bisnetos. "Um dos valores mais importantes é a exigência", disse. "Para o nosso pai tínhamos de fazer mais do que os outros por termos nascido num berço de ouro", acrescenta.

"Somos uns privilegiados, dizia, e por isso tínhamos de fazer o mundo melhor", partilha.

Outro valor que o CEO da Impresa destaca é o "humanismo, no sentido de colocar o ser humano no centro de tudo. O seu enorme coração tocava a tudo e a todos". 

O filho recorda que a personalidade e o humor de Francisco Pinto Balsemão deixaram outro ensinamento: "Não nos devemos levar demasiado a sério, somos um grão de areia num universo onde não estamos sozinhos". "É urgente rirmos de nós próprios e com os outros", afirma.

Francisco Pedro Balsemão partilhou ainda que o seu pai sempre soube que "nunca será uma mera nota de rodapé na história", homenageando o seu legado político, enquanto fundador do PSD e a sua luta pela democracia e pela liberdade da imprensa, com a criação do jornal Expresso ainda durante a ditadura. 

"Devemos aproveitar os pequenos prazeres do dia", acrescentou. 

Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?

Envie para geral@cmjornal.pt

o que achou desta notícia?

concordam consigo

Logo CM

Newsletter - Exclusivos

As suas notícias acompanhadas ao detalhe.

Mais Lidas

Ouça a Correio da Manhã Rádio nas frequências - Lisboa 90.4 // Porto 94.8